Capítulo 32 - Depois de todo esse tempo?

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"Viver é todo sacrifício feito em seu nome

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"Viver é todo sacrifício feito em seu nome."

Pétala — Djavan.


Nas semanas que se seguiram, Severus preferiu não tocar mais no assunto sobre Tobias. Queria, e precisava, agora dedicar-se completamente à guerra. Quem sabe pudesse — com uma esperança onírica — sobreviver e voltar a se preocupar com seu problema paterno. Ou, quem sabe, terminaria morto e não precisaria mais se preocupar com aquilo.

Sim, vinha tentando entender o lado de Tobias. Não procurava por justificativas para seus atos, pois não havia muitas. Mas gostaria de resolver, de uma vez por todas, aquela situação. Queria poder deitar a cabeça no travesseiro sem sofrer por aquilo, por ele.

Cada vez mais focado em seu dever, que tinha prometido tanto a Dumbledore quanto a Narcissa, ele tentou em vão se aproximar de Draco. Temia que o medo tornasse o garoto mais negligente e tivesse outra tentativa desastrosa como a de Katie Bell. Temia que Draco acabasse por realmente matar alguém no fim das contas; temia, principalmente, que matasse a pessoa errada.

Estava cada vez mais irritado com Dumbledore, também. O diretor estava arredio e conversava muito pouco com Snape. Suas conversas atuais se resumiam aos encontros entre Severus e Voldemort, e às vezes acertavam pequenas pendências para depois da morte de Dumbledore.

Foi no início de março, porém, que a revelação veio.

Snape acabava de sair da Ala Hospitalar e se dirigia à sala dos professores. Ron Weasley havia sido envenenado. De acordo com o que Potter havia contado, o amigo ingerira acidentalmente uma boa dose de Poção do Amor. Correu até Slughorn para arranjar um antídoto. Uma vez que Weasley estava curado, o ruivo recebeu do professor uma taça de hidromel para comemorar o seu aniversário. Potter havia sido esperto e rápido ao administrar um benzoar garganta abaixo no outro garoto. Queria entender como Potter arranjara um dom para Poções do dia para noite.

Hidromel envenenado. Que ideia estúpida, Severus pensou. Draco estava negligente. Era burrice tentar atingir Dumbledore a partir de outros. Estava criando uma cadeia de vítimas. Poderia ser desmascarado a qualquer momento.

Ele, então, encontrou Dumbledore em um dos muitos corredores do castelo e o diretor o convidou para um passeio pela orla da Floresta Proibida.

— Como está a minha afilhada? Ela tem fugido de mim.

— Acredito que ela está bem, na medida do possível. A ida do sobrinho para casa tem a distraído dos próximos acontecimentos. — Snape caminhava lado a lado do mais velho. — Ela comentou que discutiram. Disse a ela para se afastar de mim, não é?

— Disse — respondeu com secura.

— Não acho que esteja errado. Seria o melhor a se fazer, mas...

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt