🏅Finalista do Prêmio Wattys 2022 | Categoria Fanfic 🏅
Elizabeth Jones não demorou a conseguir um estágio logo que se formou em Poções. A oferta de seu padrinho, Dumbledore, diretor de Hogwarts, não tirava o mérito de ser uma jovem muito inteligent...
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"Changing up and breaking all my rules ever since we met."
Tunnel Vision — Justin Timberlake.
Elizabeth aproveitou o horário do almoço para se aventurar pela biblioteca do castelo. Ela não precisava necessariamente ler algum livro, mas sentia-se confortável apenas por estar cerca por aquelas folhas amareladas e volumes, novos e antigos. O frio do outono já penetrava pelos corredores de Hogwarts, e a biblioteca era um escape quente e aconchegante para aqueles que, assim como Elizabeth, procuravam se refugiar do frio.
Sua fuga do almoço no Salão Principal, contudo, tinha outros motivos que não eram a temperatura. Jesse, apesar de ser um rapaz muito simpático e agradável, estava deixando cada vez mais claro que possuía interesses românticos por ela, e parecia que ele estava em todo lugar por perto. Ela poderia se desfazer do rapaz com facilidade, na verdade. Sempre tendia a ser muito franca e sincera com as pessoas. Um simples "eu não estou interessada" resolveria o problema. Todavia, fugir era mais fácil naquele momento, pois Elizabeth, internamente, sabia que, na realidade, estava fugindo de Snape.
Ficara extremamente preocupada com o professor quando ele se ausentou do castelo para atender ao chamado de Voldemort. Ela não negava mais que sentia um grande apreço pelo homem. Ele, de certa forma que não compreendia, se torna importante para ela — até mesmo especial, talvez. Porém, seu desespero para com o bem-estar de Snape na outra noite e toda aquela preocupação que sentira a assustava em demasia, ainda mais quando percebeu que o perfume do professor era muito semelhante ao que ela havia sentido na Amortentia.
Tentando manter a mente longe dos pensamentos acerca de Snape, Elizabeth lia um livro qualquer sobre Astronomia na biblioteca. Ela lia sobre a constelação Aquila quando viu a melhor amiga de Harry Potter se aproximar. A garota segurava nas mãos dois livros grossos que pareciam pesar muito nas suas mãos delicadas.
— Srta. Jones, eu posso me sentar aqui? — Hermione perguntou, acanhada.
— Claro! — Ela tirou as pernas de cima da outra cadeira. — E pode me chamar de Elizabeth.
Hermione depositou os livros sobre a mesa, puxou a cadeira para perto de Elizabeth, que a observava com a sobrancelha erguida, e se sentou.
— Eu já queria falar com você há algum tempo — sussurrou Hermione.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntou também sussurrando e curvando-se na direção da adolescente.
— Umbridge não tem nos ensinado DCAT. O Ministério está nos reprimindo.
— Sim, eu sei.
— Então eu, Harry e Ron fundamos meio que uma... — olhou para os lados — organização secreta.
— O quê? — Elizabeth arregalou os olhos.
— É a Armada de Dumbledore. Nós nos reunimos na Sala Precisa e treinamos Defesa Contra as Artes das Trevas por conta própria.
