🏅Finalista do Prêmio Wattys 2022 | Categoria Fanfic 🏅
Elizabeth Jones não demorou a conseguir um estágio logo que se formou em Poções. A oferta de seu padrinho, Dumbledore, diretor de Hogwarts, não tirava o mérito de ser uma jovem muito inteligent...
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"If I had just one more day, I would tell you how much that I've missed you since you've been away."
Hurt — Christina Aguilera.
As semanas de novembro se passaram muito rápido e o mês de dezembro chegou com muita neve. Dumbledore não voltara a dar mais "aulas particulares" para Harry e Elizabeth. Conforme os dias avançavam, o diretor ficava cada vez mais fraco e precisou se ausentar por diversas vezes. Além disso, com a iminência da guerra mais presente, Dumbledore também corria contra o tempo para conseguir mais informações sobre as Horcruxes. Ele ainda não havia dado mais detalhes acerca disso à afilhada, muito menos a Harry Potter. Na verdade, Dumbledore e Elizabeth se falavam pouco desde o pequeno desentendimento que tiveram no dia da primeira reunião sobre Voldemort.
Já Snape sofria de um grande estresse. Tinha plena consciência de que o dia do seu sombrio dever se aproximava. Cada nascer e pôr do sol eram um martírio. Ele, também, por muitas vezes se sentia deixado de lado. Tinha a vida de Albus Dumbledore em suas mãos, mas via que o diretor ainda escondia muitas coisas dele. A própria Elizabeth não conversava muito sobre suas reuniões com o padrinho. De qualquer forma, não poderia culpá-la. Ela não vinha conversando muito, de modo geral, desde a morte da cunhada.
O enterro de Emma aconteceu em Ennis, na Irlanda, onde ela fora criada. A cerimônia havia sido muito singela e reservada. Além da família e amigos mais próximos, Severus surpreendeu a todos com sua presença. Não sabia explicar, mas nutria um sentimento de simpatia, talvez até afinidade, pelo irmão de Elizabeth.
Edward, por sua vez, havia se isolado completamente. Não se comunicava com ninguém, e quando o fazia, evitava ao máximo falar sobre o filho ou sobre Emma. Nem mesmo conseguiam o visitar, porque ele sempre dizia estar muito ocupado com o trabalho. E o que mais irritava Elizabeth era que em momento algum ele fora visitar o filho no hospital. Eram os familiares e até alguns amigos que se ocupavam de ir até ao St. Mungus e notificavam o recém-viúvo sobre a saúde de Hector.
Elizabeth já havia desistido de mandar cartas ao irmão. Vênus sempre fazia viagens longas para retornar sem resposta ou com um pequeno pergaminho dizendo, apenas, "estou bem". Houve um dia em que foi até ao consultório do irmão a fim de confrontá-lo, mas saiu de lá sem soluções.
— Edward, o seu filho precisa de você! — rogou.
— Estou ocupado, Elizabeth — disse ele. — Um seminviso foi resgatado por um conhecido meu. Está ferido e terei que cuidar dele. Talvez seja necessária até mesmo uma cirurgia.
— Por que está fugindo? — Confrontou-o. — Sabe quem também largou o filho à própria sorte? O pai de Voldemort. — Provocou, mas não para irritá-lo. Tinha esperanças de que ele acordasse para a realidade. Porém, Edward apenas se levantou e abriu a porta para irmã, num comando silencioso para que fosse embora.
