Capítulo 21 - Fardo

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"And oh, poor Atlas

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"And oh, poor Atlas. The world's a beast of a burden."

What The Water Gave Me — Florence and The Machine.


Na quinta-feira, Elizabeth chegou à Hogwarts já no início da noite. Passou rapidamente em seus aposentos para se certificar que estava tudo em ordem, antes de se dirigir aos aposentos de Snape. Ela encontrou uma cena a qual jamais imaginou, mas desejou ter em sua posse uma câmera fotográfica para eternizar aquele momento. Severus estava deitado sobre o sofá, com uns óculos descansando sobre seu nariz de ganho, lendo atentamente um livro.

— Durkheim? — Ela analisou a capa do livro. — Não sabia que se interessava por Sociologia.

— Eu me interesso por tudo um pouco. — Ele se sentou e fechou o volume. — Esperava que viesse mais cedo.

— Eu pretendia, mas Andromeda foi nos visitar. — Sentou-se ao lado dele. — Desde quando você usa óculos?

— Ah, isso. — Pareceu lembrar e o removeu logo em seguida. — Desde a adolescência. Mas eu não gosto muito, por isso sempre paro de usar.

Ela apenas assentiu em silêncio. Um pequeno sorriso surgiu em seus lábios e ela se aproximou do homem.

— Sentiu minha falta?

— Eu descobri que raciocino melhor quando você não está por perto. — Severus possuía um sorriso sacana brincando nos lábios.

— Oh! Então acredito que devo te deixar sozinho. — Entrou na brincadeira dele e se levantou, ameaçando ir embora.

— Não! — Ele também se levantou e a segurou pela mão rapidamente.

Elizabeth riu e ergueu-se na ponta dos pés para beijá-lo. O reencontro das bocas foi muito melhor do que esperava. Precisava daquilo, daquele bálsamo, após tantos conflitos em sua vida. Estar nos braços de Severus era sempre garantia de que se sentiria segura, quase como se nada pudesse atingi-la.

Havia algo em Elizabeth Jones que fazia com que Snape se sentisse envolto por uma nuvem de boas sensações. Era quase como se pudesse flutuar, ela o tirava de órbita com apenas um olhar. A língua dela envolveu a sua, provocando aquele arrepio eletrizante com o qual já estava ficando habituado. Porém, antes que pudesse prender os cabelos dela em sua mão, um dos quadros que conectava seus aposentos com o escritório do diretor surgiu.

— Prof. Snape! — O homenzinho da pintura o chamou. O casal se separou com certo embaraço, mas qualquer nota de humor foi abandonada quando perceberam a afobação do quadro. — É o Prof. Dumbledore! Ele está no escritório. Parece ser grave.

A imagem desapareceu logo em seguida. Elizabeth se viu nos corredores antes mesmo de Snape, que vinha logo atrás. A imensidão vazia do castelo em plenas férias deixava com que os dois corressem o mais rápido possível até ao gabinete.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Where stories live. Discover now