Capítulo 23 - Menino

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"Chega simples como um temporal

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"Chega simples como um temporal."

Temporal — Pitty.


Faltavam poucos minutos para a chegada dos alunos, que se organizavam na entrada do castelo, quando Elizabeth adentrou o Salão Principal. A maioria dos professores já se acomodava em seus respectivos lugares. Quando alcançou sua cadeira — sempre à esquerda de Minerva e à direita de Snape —, foi surpreendida por um grande bigode prateado que invadiu seu campo de visão.

— Oh! Srta. Jones, não é? — exclamou o homem, chamando a atenção dos docentes.

— Sim... — respondeu acanhada com a comoção do outro. — E o senhor é o Prof. Slughorn, correto?

— Sim, sim. Ora, sim! — riu. — É uma grande... Gigantesca honra conhecer a neta de Valentina Jones. Sua avó foi uma grande bruxa, uma notável feiticeira! Uma pena que tenha morrido tão jovem. Você é muito parecida com ela, se me permite dizer.

— Agradeço pelo carinho com a minha avó. — Estava meio perdida. Slughorn falava muito rápido e animado.

— Disponha, minha querida. Ah, adoro o trabalho do seu pai também. Os artigos dele sobre botânica tropical são os melhores.

— Obrigada, professor. Olá, Hagrid! Como vai? — buscou o meio-gigante com os olhos para fugir de Slughorn.

— Noite, Srta. Jones — respondeu com um sorriso sob o emaranhado de pelos faciais.

Snape chegou no mesmo instante que os alunos adentravam o salão. Sentou-se ao lado de Elizabeth sob os comentários de Slughorn: "Oh Severus! Ótimo pocionista!"

— Já conheceu a peça? — murmurou.

— Pareceu bastante interessado na minha árvore genealógica. — Ela o olhou de soslaio.

— Hm... — O canto da boca de Snape curvou-se minimamente. — Nova membra do clube do Slug.

— O quê?

— Horace tem uma queda por pessoas com contatos influentes, ou que possam se tornar notáveis.

Àquela altura, todos os alunos já estavam presentes, à espera do banquete. Minerva acabava de entrar com os primeiranistas para a cerimônia de seleção. Elizabeth percebeu que, frequentemente, Dumbledore desviava os olhos do Chapéu Seletor para o restante do salão. Ela correu com os olhos pelo recinto e logo entendeu.

— Cadê o Harry?

Snape franziu o cenho e também observou atentamente, sem encontrar sinais do garoto.

— Por Merlin, Potter! — reclamou e se levantou para sair do recinto.

Muitos minutos depois, ele retornou com o garoto. Harry andava muito rápido para alcançar a mesa da Grifinória, mas Elizabeth pôde perceber que ele tinha o rosto ensanguentado.

Por Trás dos Olhos Negros | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora