Karina narrando
Saí do curso e aproveitei pra passa no mercado pra comprar umas paradas, muito tempo que eu não fazia compra grande, isso tá só me fazendo gastar mais dinheiro ainda. Hoje é dia de pagode na quadra da Divisa, tava geral animadão, mesmo o tempo não estando aquelas coisas, um pagodinho e uma cerveja gelada melhoram tudo, então saí do mercado já indo direto pra casa pra almoçar e agitar as coisas.
Davi: Karinaaa. -grudou nas minhas pernas-
Nem sei de onde ele tinha vindo.
- Oi, meu amor, vc tá sozinho? -fitei ele-
Xx: DAVI, VC TÁ MALUCO?? -alguém gritou de longe-
Quando olhei pra trás vi que era a Raphaela vindo atrás dele. Fiquei toda a graça.
Davi: Vim só falar com a Karina, mamãe. -me abraçou de novo- Ela é minha namolada, sabia? -ri constrangida-
Rapha: Além do marido vc também quer meu filho? -cruzou os braços-
Meu sorriso sumiu na hora.
- Eu não quero ninguém! -encarei ela- Só gosto de seu filho por ele ser essa criança doce e educada...
Davi: Ela tá apaixonada... -se gabou-
Que criança doida, meu Deus. Não tá sentindo o climão que tá pairando aqui?
- Cadê meu beijo? -virei meu rosto pra ele e o mesmo beijou- Até qualquer dia, príncipe. -passei a mão no rosto dele-
Rapha: Bora, Davi. -puxou o braço dele tirando-o da minha reta-
Ela foi arrastando o garoto e resmungando com ele até um portão que estavam umas garotas, preferi nem ficar olhando mundo, só dei as costas e fui pra minha casa. Ela tem todo o direito de não gostar de mim mas nada haver fazer isso com o menino sem necessidade, ele é só uma criança inocente, sabe.
Fiz almoço, dei um jeito na casa e ainda fiz trança no cabelo de duas meninas que vieram aqui em casa implorando por um penteado. Deu 16h eu comecei a me arrumar e falar com o pessoal pra confirmar com eles, Luíza não tava querendo nem colocar a cara aqui no morro mas já faz pra lá de um mês que a treta aconteceu, ninguém nem deve mais lembrar.
Tomei um banho de lei, finalizei meu cabelo do jeitinho que eu gosto e vesti um bory langerie preto e um short jeans franzido, me maquiei basiquinha como sempre, coloquei meus acessórios e me perfumei. Ouvi a buzina da moto do Leonardo no portão e me apressei em calçar minha sandália e pegar minhas coisas. Quando saí ele tava conversando com um cara mas logo que me viu se despediu do maluco e me fitou.
Leozin: Ai papai, apaixonei. -rimos-
- Deixa de bobeira, cara. Vamos logo que as meninas já estão lá! -subi na moto-
Leozin: Também né, parece até que tu tava se arrumando pra um casamento, porra. Demora abessa!
- Sustentar essa beleza não é fácil, não gatinho. Tá achando o que? -ele gargalhou-
Leozin: Não sabia que 5k de maquiagem se chamava beleza. -bati no braço dele, rindo-
Chegamos na quadra bem rapidinho, Luíza tava do lado de fora esperando a gente, Léo estacionou a moto e nós descemos.
ESTÁ A LER
Amor Ingrato
General FictionKarina, mesmo com apenas 22 anos, já sofreu mais do que alguém possa merecer, seu passado é um tanto macabro e infeliz, sempre que ela acha que sua vida vai começar a dar certo, tudo desanda e volta a estaca zero. O destino não cansa de ser ingrato...