Capítulo 48

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Jacaré narrando

Durante a operação eu tava metendo bala naqueles filhos da puta com ódio, sorte que eu não tinha bebido muito se não ia rodar bonito. Esses comédia só quer brotar de manhã, cheio de gente na pista e eles querendo meter bala pra cima da gente a um pulo de pegar num morador que não tem nada a ver com a guerra, tá ligado? Isso me deixa pra morrer.

Eles vêm, mata alguns dos nossos, faz maior bagunça, covardia com morador e os crl e não toma porra nenhuma, só arregam feito umas putinhas. Se fudê rapá, querem arrumar o que aqui?

Quando tudo terminou vieram me passar a visão do pq deles terem entrado no morro... As porra dos assaltos que tá rolando lá embaixo, eu falei pro filho da puta do Kingão não fazer, que ia dar merda pra gente mas esse arrombado gosta de pagar pra ver e eu vou fazer ele ver bonito.

Eu tava puto e triste pra caralho, mataram aquele meno de 16 anos que eu coloquei pra trabalhar pra mim, o moleque nem com arma tava, só droga, poderiam muito bem ter levado ele pro reformatório mas não, preferiram dar um tiro bem na cara do moleque. 16 anos, cara. Vai se fuder! Esses vermes só vem pra matar, roubar e destruir tudo que nós temos.

O dia foi corrido, eu tava na merda, mal tinha conseguido dormir e no dia seguinte já tive que cair pra pista de novo pra resolver o k.o com o Kingão.

Galego: Coe Jaca. -meu rádio apitou-

- Dá o papo.

Galego: Aquela mina da principal tá aqui. Kátia, Karoline... Sei lá.

- A Karina? Que porra essa garota tá fazendo aqui?

Galego: Isso! Wj tá relando a mão nela, mano, é pra mandar parar?

Quando escutei isso não respondi mais porra nenhuma já saí da salinha na sua intenção do filho da puta do Wj, o arrombado tava sacudindo a Karina igual uma boneca, meu sangue ferveu rápido.

Wj: Quer ver eu te arrastar até lá e te comer a força, piranha? -falou alto-

Puxei a Karina do braço dele jogando ela pra trás e meti um soco nos peitos daquele maníaco do caralho.

Wj: Coe, Jacaré. Que isso, mano? -deu uns passos pra trás-

- Mano é o caralho, seu arrombado? Eu sou teu mano? -gritei na cara dele- Quem tu tá achando que é pra falar assim com ela, porra?

Wj: A mina veio me afrontar, falando merda pra mim. -apontou pra Karina-

Encarei ela e ela só negou quieta.

- Próxima vez que eu vê tu relando o dedo nela ou pensando em olhar pra ela eu te quebro todinho, tá me ouvindo?

Wj: De boa, não sabia que essa tava no teu porte de novo...

- Estando ou não, se vier de filha da putagem vai pagar caro, porra!! -ele assentiu quieto-

Peguei a Karina pelo braço e fui arrastando ela até a sala, eu odiava show na rua, todo mundo olhando pra gente... Caralho, isso me deixa puto.

- O que vc tá fazendo aqui, porra? Tá maluca? -bati a porta-

Ela me fitou dos pés a cabeça durante alguns instantes massageando o braço.

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