Capítulo 41

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Karina narrando

Eu sentia meu coração querer saltar pela boca, minha carne tremia de uma tal forma que parecia que eu ia ter um infarto ali mesmo.

Luís: Karina, vc....

- Não! -cortei ele- Não fala comigo, por favor! -levantei da mesa-

Dani: De onde vcs se conhecem? -perguntou confusa- Karina?

- Dani, mil perdões, eu preciso ir embora. -falei com a voz embargada pelo choro- Desculpa!

Saí de perto deles o mais de pressa possível, não tava nem aí pros olhares direcionados a mim, eu só precisava sair daquele lugar.

Luís: Karina! -me chamou- Vem aqui!

Desci as escadas o mais depressa que eu pude, as lágrimas já embaçaram minha visão numa rapidez incrível e eu estava sem acreditar que aquilo estava me acontecendo, que eu teria que sumir de novo. Eu me sentia perdida não sabia nem como voltar pra casa, o desespero me tomou conta.

Luís: Karina, olha pra mim... -tentou me encostar-

- NÃO! -desviei falando alto- Não encosta em mim, seu imundo. O que vc quer? Acabar com a minha vida de novo? Vai se fuder.

Luís: Eu mudei, minha filha, eu juro. Não sou mais aquela pessoa.

- Não me chama de filha pq vc não soube ser pai, seu merda. Fica longe de mim! -falei chorando-

Cicatriz apareceu ali no portão junto com outros dois caras da boca, eles logo me encararam e eu desviei o olhar.

Cicatriz: Qual foi, Karina? O que tá pegando? -perguntou sério- Patrão pediu pra vim ver qual é o k.o.

- O k.o é que eu quero esse cara longe de mim!!! Tem como alguém aí me levar pra casa, não?

Luís: Karina, vamos conversar...

- Eu não tenho porra nenhuma pra conversar contigo, seu lixo! Vê se me esquece.

Daniela também desceu, a cara dela era de mais perdida impossível.

Dani: Gente, eu preciso saber o que tá acontecendo aqui... Karina, pq vc tá chorando, caralho?

- Dani, por favor, só me deixa ir embora... Eu não posso ficar perto desse homem! -chorei-

Cicatriz: Vou passar um rádio pro Menor vim te buscar.

Luís: Vc tá morando aqui?

- Pra vc eu morri e tô morando a sete palmos abaixo da terra, tá ouvindo? -falei alto- Daniela, não fala nada da minha vida pra ele, por favor... -olhei pra ela-

Luís: Eu tenho o direito de saber, sou o seu pai. -falou alto dando uns passos até mim e eu recuei-

Por mais que já fizesse anos de tudo o que eu sofri na mão dele, tenho tudo guardado com tanta tristeza e rancor... Prometi esquecer essa parte da minha vida mas parece que não vou conseguir tão cedo, só com a presença dele tudo que eu evitava voltou a me atormentar.

Amor IngratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora