Capítulo 94

3.6K 262 66
                                    

Jacaré narrando

Já tem três dias da festa do Davi e a Karina continua na mesma, convive comigo normal e bah mas me trata na maior indiferença, isso que tá me deixando puto. Prefiro nem ficar indo muito na casa dela.

Rico: Coe, neguin. -entrou no salinha-

- Dá o papo, irmão. -fiz um toque com ele-

Rico: O Formigão me ligou agora pouco, avisou que a reunião vai ser amanhã no mesmo lugar de sempre.

- Tá de sacanagem... Pensei que ia ser só final de semana.

Rico: Pois é mas os mano do PCC tão aí, apareceram do nada e amanhã mesmo eles vão ter que voltar pra São Paulo.

Passei a mão no rosto estressado.

- Falta organizar os papéis da contabilidade, viado... E não são poucos.

Rico: Tô ligado, vim pra isso. -sentou na minha frente- Bora começar essa caralha logo.

Passei um bloco e papéis pra ele e as pastas, expliquei os bagulho do jeito que eu queria e começamos agilizar o corre. Depois de uma internação de 6 horas naquela sala, conseguimos terminar aquela montanha de papel, já tinha uns meses que não rolava a reunião da facção então eu tinha que entregar tudo em dia.

Rico: Gelin, gelin? -ri negando- Depois de um dia todo na seca nós merece, coe.

- Tô no pique hj não, vou pra casa vê a nega.

Rico: Ela ainda tá sem te dar confiança? -assenti- Tu tá na seca pura? -falou rindo e eu fechei a cara-

- Vai se fuder, viado do caralho. Tô passando necessidade nenhuma não!

Rico: E essa carinha com falta de vitamina B é o que? -gargalhou-

- É a falta de botar uns socão na tua cara.

Ficamos nessa gastação um pouco, acabou que desci pra beber umas com ele mas depois meti o pé, comprei umas esfirras doce pra formiga que eu amo e fui pra casa dela. Quando cheguei ela tava no portão com a Luíza, estranhei a cena pq pelo oq eu sei elas estão sem se falar né mas mulher é tudo maluca.

Parei a moto na calçada e desci me aproximando delas.

- Boa noite. -acenei com a cabeça pra Luíza- Eai, trouxe uma parada pra tu. -selei a Karina-

Karina: Tô entrando já. -assenti-

Passei por elas, deixei a caixa de esfirra na pia da cozinha e fui tomar um banho rapidão, fiquei de boa no sofá esperando a bonitona voltar mas parecia que ela tava fazendo hora de propósito no portão, quando ia levantar pra ver ela entrou.

- Tá lá na cozinha.

Ela foi direto lá ver o que era.

Karina: Hmmm, que delícia. Valeu!

Ela veio pra sala já mordendo uma e com a caixa nos braços, mais viciada em doce eu desconheço.

Amor IngratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora