Capítulo 104

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Karina narrando

O caminho estava sendo tranquilo até que eu comecei a notar o tal motorista inquieto, toda hora hora olhava o celular, logo o celular tocou.

Xx: Quer que eu faça o que? Tô com a mina aqui no carro, a ordem é levar ela direto pro morro.... Mata esse maluco, sei lá quem é, porra!... Jae, só não dá mole dele continua colado em mim. -desligou-

- O que tá acontecendo?

Xx: Nada não, pode ficar suave, dona. -falou concentrado no caminho-

- Vou ter que ligar pro Jacaré? -arqueeie a sobrancelha-

Xx: Não trabalho pra ele não, mina. Se liga na tua! -falou rude-

- Eu tenho o direito de saber o que tá acontecendo, meu querido, é minha vida que tá em risco! -ele bufou-

Xx: Tem um maluco seguindo a gente... Mas fica suave que os cara já tão resolvendo.

Naquele exato momento minhas mãos ficaram tão trêmulas que nem o celular eu conseguia segurar mais, o suor frio já foi escorrendo pelo canto da minha testa me fazendo imaginar mil coisas. Fudeu grandão!!!

- Meu Deus, não faz isso comigo agora, preciso ver minha filha antes de morrer. -já comecei a chorar-

Xx: Ninguém vai morrer não, fia. Pelo amor de Deus!

As lágrimas já estavam embaçando meus olhos pq eu não conseguia parar de pensar no pior. Olhei pra trás forçando a minha vista e vi uma moto colada bem na gente, fui reparando-a aos pouco e logo reconheci. FILHO DA PUTA!!!

- Pelo amor de Deus, é meu amigo, não mata ele! -falei em desespero-

Xx: Que? -franziu a testa-

- É, caralho, é meu amigo que tá seguindo a gente. Esse filho da puta é um maluco, não faz nada com ele, avisa aí.

O cara coçou a cabeça resmungando mas logo pegou o rádio que estava em cima do painel, caçei meu celular e fui ligar pro desgraçado mas óbvio que ele não atendeu.

Xx: Manda ele sair da reta, os cara não vão ter dó, a ordem foi dada!

- Leonardo, não faz isso. -choraminguei ouvindo a ligação cair na caixa postal de novo- Encosta o carro em algum lugar, pelo amor de Deus.

Xx: Não posso, dona, se der merda quem se fode sou eu! -balançou a cabeça-

Eu tava numa pilha de nervos e fiquei ainda mais quando percebi que o Leonardo não estava mais atrás da gente, tentei ligar mas só caía na caixa postal. Quando chegamos no morro eu tava aos prantos, Pesadelo me olhou assustado e já foi logo na direção do cara que veio comigo no carro.

- Não é culpa dele. -falei apoiada no carro com a respiração ofegante- Eu só preciso de uma água e conseguir falar com o Leonardo.

Pesadelo: Menor, leva ela lá pra dentro logo e ajuda no que precisar aí.

O tal Menor se aproximou de mim me ajudando a entrar na casa e me colocou sentada no sofá.

Menor: Água, né? -assenti passando a mão no rosto-

Eu tava num propósito insaciável de conseguir falar com o Leonardo, se alguma coisa acontece com esse infeliz vou me sentir culpada pra sempre.

Menor: Relaxa aí, se não nem água vai te melhorar. -me entregou o copo-

Bebi toda a água quase que num gole só, encostei minha cabeça no sofá e respirei fundo olhando pro alto.

- Meu Deus, que esse homem esteja bem. -falei baixo-

Ouvi meu celular tocar e tomei um susto catando ele desesperadamente mas quando olhei no visor vi que era o Jacaré.

- Oi, amor. -atendi-

Jaca: Me diz que porra aconteceu, Karina? -falou puto-

- Sei lá! Quando eu tava descendo o morro encontrei com o Leozin, conversamos um pouco mas eu logo desci pra vir pro carro, juro que não falei nada.

Jaca: Esse cara é um mandado do caralho, Karina, eu vou matar ele! -gritou- Ele que tá fechado com o Leal pra te tirar de mim, tenho certeza.

- Amor, para com isso...

Jaca: Para é o caralho! -me interrompeu- Tudo esse maluco quer ficar se metendo, porra. Qual foi? Tá mandado mermo.

Suspirei tentando me acalmar.

- Por favor, Derek, eu tô te pedindo.

Jaca: Se os soldados do Pesadelo quiserem fazer alguma coisa eu não vou impedir não, ninguém mandou se meter onde não devia. Vc tá bem?

- Não, não tô. Só vou ficar bem quando conseguir falar com o Leonardo!

Jaca: De boa então, qualquer coisa fala com o Pesadelo. -desligou-

Levantei puta passando a mão na minha barriga enquanto andava de um lado pro outro pedindo ajuda a todos os santos pq o Jacaré mesmo é um imprestável.

Pesadelo: Fica de boa, teu amigo já tá indo pra casa. -entrou-

Aquilo foi como se tivessem tirado um peso das minhas costas.

Pesadelo: Não sei o que aconteceu lá, mas os cara já liberaram ele. -assenti- Jacaré já te ligou?

- Já, tá puto da vida pra variar.

Pesadelo: E não é por menos, né?! O cara tá se matando pra te tirar de perigo e vem um "amigo" querendo meter a fuça? Não tiro a razão dele.

- Eu sei, o importante é que deu tudo certo... Inclusive, valeu pelo o que vc tá fazendo pela gente.

Pesadelo: Jacaré é meu cria pô, tá doida, tu agora também é da família então não tem essa de agradecer não. É um pelo outro! -dei um sorriso- Ó, geladeira tá cheia, armário também, tem de tudo pra tu aqui na casa mas se precisar de alguma coisa o Menor vai tá aqui na frente, só pedir pra ele. -assenti-

Conversamos mais um pouco mas logo ele saiu me deixando sozinha naquela casa, que não era grande mas tinha um ótimo espaço. Já catei logo uma fruta que tava na geladeira e fui ver como era a casa nos mínimos detalhes já que era ali que passaria sei lá quanto tempo.

Aiai, esse Leozin não sossega o rabo, né?! Será que tem caroço nesse angu???

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