Capítulo 127

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Jacaré narrando

Quando voltei pro morro já tava pra anoitecer, o céu tava bonitão e eu animado pq o dia tinha sido excelente e tava pra melhorar.

Rico: Vai buscar a Karina? -falou acendendo um cigarro-

- Quero que ela venha mas ai depende dela, né. -falei concentrado no caminho-

Rico: A mina já com meio caminho andado pro inferno, de hoje não dá pra passar.

- Eu sei, vou passar lá na Karina agora.

Rico: Vamo tomar um gelo depois?! -perguntou risonho-

- Se tu pagar eu vou. -falei rindo-

Rico: Pago com gosto, ainda mais pra tu... Padrinho da minha cria!

- CAÔ!!!!! -sorri-

Rico: Jaque tá grávida, irmão. Sou o homem mais feliz do mundo!

- Viado, parabénssss!!!! -fiz um toque com ele- Porra que felicidade, mané. Agora vê se toma jeito, filho da puta!

Rico: Pra ficar careta igual a tu? -rimos- Tô mec, sossegado mas não tô morto.

- Tu é um comédia, essa criança vai vir pra te colocar no eixo!

Ele riu debochando e continuamos a conversar, Rico tava animadão com isso então eu tava felizão pra caralho por ele. Chegamos na boca, reuni os menor pra vê se tava tudo no esquema e pedi pro Cicatriz avisar a mandada que eu tava indo lá, marquei um tempinho fumando um baseado pra dar tempo dela arrumar a Dora e parti pra lá, assim que cheguei buzinando, não demorou muito ela brotou no portão.

Karina: Se vc vier tarde com ela, não deixo mais ela contigo, ouviu?

- Quero te levar pra ver um bagulho, bora. -ela arqueou a sobrancelha- Quer ir ou não? -perguntei já sem ânimo-

Karina: Onde é?

- Aqui no morro mermo, não precisa se produzir. -ela fez uma cara pensativa- Bora, tu vai gostar de ver.

Peguei a Dora do colo dela.

- Vou deixar ela lá na minha mãe e venho te buscar, jae?

Karina: Que mistério todo é esse, cara? -ela cruzou os braços- Tô afim de palhaçada, não.

Filha da puta marrenta do caralho, mané.

- E eu tenho cara de palhaço? -falei sério e ela fez bico querendo rir- Suave, vou bater cabeça contigo, não. Me dá a bolsa da garota!

Peguei a bolsa que tava no ombro dela e já fui voltando pro carro.

Karina: Perdeu o senso de humor também, queridinho?! -falou risonha se aproximando da janela do carro-

- Vai ou não? -ela assentiu- Daqui a pouco eu tô ai então.

Karina: Manda um beijo pro Davi.

Assenti e fiz a ré com o carro pra descer pra casa da minha mãe, nem preciso dizer a festa que foi quando cheguei lá com a Dora, os olhinhos do Davi chegaram a brilhar.

Amor IngratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora