Jacaré narrando
Te falar legal, minha maior satisfação foi ter pego esse tal de Alex, ex da Karina. O maluco é um filho da puta de carteira assinada. Quando descobri que ele tava envolvido fiz questão de buscar pessoalmente esse arrombado, e advinha o que ele tava fazendo? Batendo numa doidona lá que parecia ser rolo dele.
Peguei esse bolado e sem pena, por tudo que ele fez a Karina passar. Arrombado do caralho! Ainda meteu maior marra, disse que nunca fez mau a ela, ela que era a ingrata, como é que pode?!
E tive a ajuda de pessoa que pensei que nunca ia precisar na minha vida, o cara me deu mó bola mermo... É o Leozin. Não confio mas agora ganhou parte do meu respeito.
Karina: Ele também? -falou sem me olhar-
- Ele que conseguiu os contatos de São Paulo pra ela chegar lá. -parei atrás dela-
Karina: Maldito infeliz!
- Manda acordar! -falei pra um soldado que estava próximo de mim-
Ele mesmo foi lá e jogou álcool nos dois fazendo suas feridas arderem e eles acordarem gemendo de dor.
- Tava gostoso o soninho? -cruzei os braços-
Eu mesmo tinha cortado fora a língua dos dois então não tinha como eles falarem um A se quer.
- Eu acho que já conversamos tudo que tínhamos pra conversar, mas como hoje é um dia especial, trouxe uma pessoa pra vcs verem. -coloquei a Karina na minha frente-
A bichinha tava tremendo igual vara verde.
- Quer descer? -falei no ouvido dela e ela negou- Tem certeza?
Karina: Vc num já me trouxe?! Agora quero presenciar tudo. -assenti-
- Quiser falar alguma coisa fica a vontade. -falei mais alto-
Ia deixar ali com os dois mas a Karina me puxou segurando minha mão. Não acho que seja medo, mas por tudo que ela já sofreu é foda neguin.
Karina: Eu só agradeço por ter uma filha linda que não é filha de um ordinário maldito igual vc, Alex, e por ela não ter uma madrinha invejosa desgraçada igual vc, Luíza. Vcs dois se merecem!!!
Karina me olhou e eu já tinha entendido que ela não conseguia mais falar nada. Eu sabia que tinha mais, só que pra ela aquilo era o suficiente.
- Queima, Piloto. -gritei-
Luíza já tinha aceitado a morte mas o Alex resistia feito um filho da puta, pra cortar a língua dele tive que cedar o arrombado com uma coronhada.
Puxei a Karina um pouco pra trás até encostarmos no muro.
- Quer ouvir uma música? O som que sai daqui não é tão bom.
Karina: Já tô com o pé na merda. -deu os ombros- Essa imagem nunca vai sair da minha cabeça!
- Fiz mal em te trazer? -ela negou-
Karina: Eu nunca dormi tão em paz como vou dormir hoje. -suspirou-
Piloto: Faz as honras? -gritou esticando a caixa de fósforo pra ela-
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Amor Ingrato
General FictionKarina, mesmo com apenas 22 anos, já sofreu mais do que alguém possa merecer, seu passado é um tanto macabro e infeliz, sempre que ela acha que sua vida vai começar a dar certo, tudo desanda e volta a estaca zero. O destino não cansa de ser ingrato...