Capítulo 11

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Karina narrando

Eu estava inquieta, não aguentava mais viver dentro daquelas quatro paredes, sentia meu peito arder de preocupação. Como vou pagar meu aluguel? Colocar comida dentro da minha casa? Manter tudo o que eu gosto? Minha vida tá arruinada!

Era angustiante me sentir impotente desse jeito.

Ouvi algumas vozes do lado de fora do quarto mas não reconheci de quem eram, como a Luíza falou que ia sair com o Rico, provavelmente a tia Drica ia subir pra ficar comigo. Logo o Jacaré entrou no quarto fazendo seu perfume exalar forte pelo lugar, encarei ele confusa vendo o mesmo largar as coisas dele em cima da cômoda.

Jaca: Sou sua companhia hoje. -sorriu falso-

- Nossa, achei que meu dia não tinha como melhorar. -ironizei-

Jaca: Te falar a real, quero treta contigo hoje não, tô cheio de k.o pra resolver, vim na paz pra adiantar o lado do Rico. Vê se fica de boa pelo menos hoje. -falou tirando a blusa-

Inferrrrrno!! Foi impossível não correr os olhos no corpo dele, o vadio é um gostoso isso não dá pra negar. Assim que ele me viu olhando deu uma risada virando de costas, tirou um baseado do bolso e sentou na cadeira acendendo o mesmo, tanto tempo que eu não sabia o que era ficar relaxada fumando um bagulho que me deu até vontade mas nunca nesse mundo que eu ia pedir.

Jaca: Se tiver esperando eu oferecer vai ficar fudida. -deu um trago logo em seguida-

- Tô de boa, relaxa.

Jaca: Com essa cara de acabada aí? -fez uma careta e eu revirei os olhos- Fuma logo essa porra! -falou passando o baseado pra mim-

Dei um trago longo e prendi a fumaça antes de esticar o baseado novamente pra ele.

Jaca: Fuma esse aí, vou bolar outro pra mim. -levantou-

- Vc, por acaso, quer me deixar chapada?

Jaca: Oh meu Deus, ela descobriu meu plano maligno. -fez cena-

Não respondi e ele não falou mais nada, ficamos naquele silêncio constrangedor até ele decidir pegar a carteira e sair do quarto do nada, fiquei futucando o celular vendo o status do povo já se arrumando pro sabadou.

Jaca: Vai querer pizza de que? -perguntou na porta do quarto-

- Não tô com fome. Valeu! -respondi com a atenção ainda no celular-

Jaca: Não foi isso que eu perguntei. E outra, não quero acordar de madrugada pq vc deu com a cara no chão. -ri pelo nariz- Frango com cheddar tá bom? -assenti-

Ele saiu novamente e não demorou muito pra ele voltar cantarolando um funk qualquer com duas latas de cerveja na mão, abriu uma delas e me estendeu.

- Ok, agora eu tenho certeza que vc quer me deixar chapada. -ele riu fraco-

Jaca: Semana difícil, preciso relaxar de algum jeito. -deu os ombros-

- Não posso beber, prejudica na minha recuperação.

Jaca: E fumar maconha vc pode? -franziu o rosto-

Amor IngratoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora