ESPECIAL 20K - De volta ao Norte

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E LÁ VAMOS NÓS.

Sei que muita gente vai ver essa notificação aqui e tomar um susto, mas cara... eu PRECISAVA trazer um dos extras, principalmente quando eu bati o olho E A FIC ESTAVA COM 20K, MEU DEUS???? gente, até agora eu to embasbacada de FELIZ por isso aqui, EU NUNCA IMAGINEI QUE ABND PUDESSE CRESCER.

Todo dia, sem exageros, eu recebo notificações de novas leituras e fico UAAAAAAAAU. Dizer "obrigada" é muito simplório pra transmitir toda a gratidão que eu tenho por vocês transformarem essa fic num projeto memorável pra mim.

APROVEITANDO QUE ESTOU AQUI COF COF COF DEIXA EU FAZER UMA PERGUNTINHA AQUI, INSTITUTO ANA DE PESQUISA QUER SABER:

Se assim, por um acaso, uma editora resolvesse pegar ABND pra fazer físico, ces teriam interesse? 

Eu andei procurando algumas e hoje mesmo conversei com uma editora. Olha, seria um sonho realizado pra mim e eu confesso que se der certo eu vou ficar mtmtmtmtmt feliz

mas enfim eu to tão eufórica que to falando demais. Queria agradecer muito pelas views, votos, comentários (apesar de eu não estar mais respondendo os comentários daqui pq fica difícil, eu vejo TODOS ok? saibam que eu respondi mentalmente). Esse especial aqui veio e eu tenho outros pra trazer, mas peço que não esperem pq pode demorar e muito.

Espero que estejam se cuidando nesses tempos difíceis que estamos passando e que todo mundo esteja bem <3

Boa leitura meus amores (QUE NOSTALGIA DIZER ISSO AQUI)

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Entre todos os anos que se passaram depois da guerra, eu contabilizei, no máximo, seis voltas ao Norte. Agora a marca do tempo já dizia que haviam passado dezessete primaveras desde a queda de Donggun, mas voltar era sempre algo muito difícil, mesmo que parte de minha família e da família de Taehyung estivesse ali.

Eu sabia que não era o mesmo Norte, não havia a mesma dor de quando eu tinha vinte anos, que a população não padecia mais diante de fome e frio — nem medo —, no entanto era sempre muito estranho retornar, principalmente quando os dias eram nevados e frios. Me lembrava muito daqueles meses de agonia que já haviam ficado para trás.

Mas eu estava, agora, dentro do carro, olhando a paisagem branca das montanhas sinuosas outra vez. Com a tecnologia e a descoberta que fiz em outros continentes, as viagens ficaram cada vez mais práticas e rápidas, me libertando daqueles dias tortuosos dentro de carruagens, ouvindo o galope irritante de cavalos. Mas mesmo num veículo motorizado que nos locomovia com mais velocidade, eu ainda via naquela neve, naquelas montanhas e nas casinhas baixas do vilarejo, meu passado gritando dentro de mim.

Por sorte, Taehyung entrelaçou seus dedos aos meus naquela hora. Eu já deveria ter me acostumado, mesmo depois de tantos anos, a saber que ele sempre esteve ali ao meu lado e nunca fora a lugar algum, mas era sempre como a primeira vez, o primeiro toque reconfortante, garantindo sua presença vital que me fazia sentir confiante e seguro.

Meus olhos saíram de todo o cenário e se voltaram aos dele, encontrando amor, compreensão e palavras silenciosas de que eu não deveria ficar tão nervoso ao estar ali outra vez...

Mesmo sabendo que vivíamos em paz, sem conflitos grandes — apenas entraves irritantes com os Sulistas —, às vezes eu ainda era tomado por pesadelos. Os dias de tortura ainda me atormentavam em meus devaneios, assim como as cenas das nossas perdas significantes naquele dia. Lutamos bravamente para alcançar a paz, mas as cicatrizes da guerra sempre estiveram em nós, para que não esquecêssemos jamais.

A Brand New Day | TAEJINOnde as histórias ganham vida. Descobre agora