A Brand New Day | TAEJIN

XXXII - New Past

Olha quem voltou mais rápido que as flechas do melhor arqueiro do Norte rs

Como eu disse, esse capítulo é narrado por nosso Alpha. O Taehyung vai falar bastante sobre o passado dele, mas não com muita clareza. Os detalhes sórdidos dos acontecimentos vão ficar pra uma outra hora, qnd ele precisar conversar com um certo Ômega rs

Enfim, sem mais delongas, espero que gostem do capítulo! Boa leitura <3

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TAEHYUNG DO NORTE

Algumas lembranças

Eu não nasci no Norte, no entanto carrego-o em meu nome por obrigação e nada mais. Cresci cercado de pinheiros e neve, no entanto eu sempre soube que aquele lugar não me pertencia.

Quando era um filhote, nunca entendi muito bem o motivo de meu pai nos ter mandado para o Leste enquanto o conflito contra a antiga Cidade Fantasma acontecia. Talvez, no auge dos meus quatro ou cinco anos de idade, eu achasse que ele havia feito isso para que ficássemos longe de perigo, principalmente porque na época eu estava para nascer. Me custou muito depois realizar que ele só havia feito isso porque não queria mais ninguém além de seus soldados perto de si. Nós éramos empecilho.

Ficamos alguns meses nas Províncias Praianas, eu mal tinha acabado de vir ao mundo, porém quando as coisas se acalmaram no Norte, voltamos para o lugar que seria meu lar para a vida. Fui crescendo e meus olhos começaram a enxergar o mundo diante de mim, a neve branca, o verde musgo, o frio e algumas outras coisas das quais eu ainda era muito novo para poder entender.

Minha mãe sempre foi cuidadosa conosco, apesar de não estar cem por cento do tempo perto de nós. Eu ouvia coisas que não compreendia como "ela está ocupada cumprindo seu papel de Ômega", mas afinal, o que era esse papel? Eu nunca sabia. Apesar de certos momentos de distância, nela eu encontrava uma figura de amor, que me sorria feliz e me dava carinho e afeto. Ao contrário do outro.

Donggun do Norte, antigo Donggun do Sul, sempre fora uma pessoa fria, assim como o clima da Província da Nevasca. Seu rosto sempre tinha linhas sérias e duras traçadas, sua voz rouca nunca proferia nada afetivo, apenas ordens, talvez insultos. Ele era enorme e eu o olhava de baixo, tentando compreender quem era aquele e por que eu tinha que chamá-lo de pai.

As pessoas ao meu redor, principalmente os mais velhos, sempre falavam sobre "Aquele velho lobo" e eu achava que era apenas uma maneira de dizer, já que todos nós tínhamos nossos próprios lobos interiores, mas mal sabia que aquela nomenclatura vinha por outros motivos...

As coisas começaram a fazer um pouco mais de sentido quando eu tinha oito ou nove anos, não lembro de forma exata. Eu era uma criança agitada, adorava estar sempre brincando com Namjoon, Hoseok e com aquele pequeno Beta que ficava nos celeiros, agarrando a manga do casaco de sua irmã mais velha. Taemin e Yiseo eram criados, originalmente vindos de uma pequena vila do Noroeste. Ela devia ser uns 6 anos mais velha que ele.

Era uma linda garota aos meus olhos jovens. Tinha os cabelos curtinhos e pretos como petróleo sempre soltos e esvoaçantes pela brisa fria que batia, a pele branca como mármore e olhos lotados de afeto por nós, que éramos menores que ela. Cuidava dos cavalos com amor, dizia que eram seus animais preferidos no mundo, nunca reclamava, apesar de sua carga horária ser extremamente cansativa.

Eu não tive irmãs e nem outra presença feminina marcante além de minha mãe, mas Yiseo tornou-se quase isso para mim. Ela sorria alegre quando eu entrava correndo pelas portas do celeiro, procurando por Taemin e o puxando por seu braço para brincarmos de soldados — por algum motivo ele não gostava muito dessa brincadeira. Quando caiamos ou nos machucávamos, ela era a primeira a limpar nossos ferimentos e dar carinho. Logo lá estávamos nós, de pé outra vez, prontos para o próximo joelho ralado ou queixo machucado.