Karina Nunes Reis.
Passei a mão pelos fios castanhos de cabelo da Eloá, a mesma dormia tranquila na minha cama, depois do almoço ela simplesmente apagou na sala, meu pai trouxe ela para o quarto para ser mais confortável.
Eu não iria deixar o cretino sair impune, ah mas não ia mesmo. Levantei da cama devagar indo para o banheiro, tomei um banho rápido e me vesti com uma roupa linda, não iria acabar com a raça daquele projeto de homem de qualquer jeito. Pus uma calça, um cropped maravilhoso que foi do último ensaio e um saltinho branco só para dar o tchan no look, coloquei uns acessórios e fiz um coque. Peguei uma bolsa branca e saí do quarto depois de passar um perfume.
— Esta indo aonde, filha? - meu pai perguntou desconfiado.
— Acabar com a raça de um rato - peguei a chave do carro.
— Karina, minha filha, não vai atrás desse homem, deixa que a vida devolva- minha mãe falou preocupada.
— Ele vai me ouvir, mãe, ele não foi homen o suficiente para ser um cretino? Então ele vai ser homem o suficiente para arcar com as consequências das suas escolhas.
— Promete que vai tomar cuidado? - minha mãe levantou ainda contragosto. Assenti beijando a cabeça dela - vai com Deus, meu amor, juízo.
— É o meu segundo nome- brinquei beijando a cabeça do meu pai - se a Elô acordar, diz para ela não se preocupar que eu já estou voltando.
— Pode deixar - falou meu pai.
Saí fechando a porta e peguei o elevador junto com uma vizinha e o filho dela, o menino era uma gracinha e muito educado. Ao chegar no estacionamento, entrei no carro e saí colocando a minha melhor música, indo em direção ao trabalho do escroto, se ele queria plateia, é plateia que ele terá.
Kevin trabalha em uma das maiores empresas de eletrônicos do país, a empresa deve ganhar bilhões por mês, o canalha teve sorte de trabalhar lá, mas com certeza omitiu muitas coisas pois sempre foi explícito que a empresa trabalhava com funcionários honestos e de família, e isso é tudo que Kevin não é.
A empresa era mais ou menos quarenta e cinco minutos aqui de casa, um pouco longe eu sei, mas vai compensar.
Depois de longos quarenta e cinco minutos eu cheguei lá, como era horário de almoço, possivelmente teria muitas pessoas na recepção da empresa ainda, e era isso que eu queria, Deus que me perdoe mas eu quero que todos percebam o canalha que esse cara é, posso me arrepender depois, o que eu acho muito difícil, mas eu não deixaria ele passar como o bom homem de família que ele se diz ser, só eu sei o tanto que ele fez minha amiga sofrer, o tanto que ele fez ela mudar quem era por ser um cretino abusivo.
Estacionei o carro bem na hora em que vi Kevin saindo do dele. Sorri vingativa pegando minha bolsa e desliguei o carro, saindo do mesmo, pus meu óculos escuros e literalmente desfilei até a entrada da empresa.
Se eu iria fazer isso, que pelo menos fizesse no estilo, não é mesmo?!
Acabei atraindo muitos olhares, até porque eu sou uma desconhecida na empresa, mas parece que alguns tinham me conhecido pois conseguia ouvir o que eles falavam sobre mim, das propaganda e desfiles.
Entrei na empresa caçando Kevin com os olhos, para a minha sorte, o mesmo estava debruçado no balcão conversando com a mulher que estava na recepção e alguns homens.
Me aproximei atraindo mais ainda atenção de algumas pessoas. Cutuquei fortemente o ombro de Kevin, que assim que virou confuso, virei logo um tapa com a mão pesada na cara dele.
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Caminhos traçados
RomanceKarina é uma mulher determinada, que quebra padrões onde passa e ama ajudar a todos. Desde seus sete anos, Karina começou a fazer fotos e visitar agências de moda, esse sempre foi seu sonho e hoje em dia a mulher ama o que faz, mesmo que ainda não...