Capítulo 77

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Benjamin Castro Belchior.

    Sinceramente, não imaginei que bebês usassem tanta fralda assim. Só nessa manhã e começo de tarde eles usaram muitas, e não estou exagerando, foi quase um pacote inteiro. Com a ajuda da minha mãe, irmã e sogra está sendo tranquilo, não sei como vai ser por enquanto.

    Graças a Deus temos uma rede de apoio enorme, meus pais vão dormir aqui em casa essa primeira semana e na próxima meus sogros virão. Não nos incomodamos de verdade, pelo contrário, estamos muito agradecidos por eles se prontificaram em nos ajudar nesse início que, convenhamos, não vai ser fácil com três bebês recém nascidos 

— Eles dormiram. — Falei me jogando no sofá. Quando falo eles estou me referindo as crianças e a minha esposa, os quatro adormeceram juntos na cama e é a cena mais linda do mundo.

— Karina também? — Minha sogra perguntou dobrando as roupinhas limpas dos trigêmeos.

— Sim, estão os três dormindo juntos na cama. — Sorri apaixonada. Mais um sonho meu se realizou e a sensação é incrível.

— Não está cansado também, meu amor? Vocês precisam descansar, vamos ficar de olho em tudo. — Minha mãe acariciou minha mão.

— Estou mas não é um cansaço para dormir, só de ficar sentadinho aqui já é o suficiente.

— Então vou ficar com você, estou com saudade. — Jade sorriu se jogando ao meu lado, me abraçando. Sorri passando os braços ao redor da mesma e beijei sua cabeça. — Quem diria, ein. Meu irmão do meio com três filhos. — Me olhou divertida.

— Eu sou de surpreender. — Pisquei fazendo elas rirem. — Vamos, vocês tem que concordar comigo que sou especial, três meses tentando e já tivemos trigêmeos.

— Tem razão, querido, você é único. — Minha sogra riu aumentando meu ego e fizemos um toque.

— Eu amo a senhora. — Sorri e ela mandou um beijo rindo. Paramos de conversar ao ouvir um chorinho. — Parece que alguém já acordou. — Levantei rápido indo para o quarto. Karina já estava acordada com uma carinha de sono e com uma das bebês no colo, não sei quem acordou. — Desculpa, tentei vir rápido. 

— Não precisa se desculpar, meu amor, meu sono estava leve. — Sorriu fraco se apoiando na cabeceira. — Que horas são?

— Quatro e alguma coisa. — Sentei ao lado dela na cama. — Precisa de alguma coisa?

— Água, por favor. — Assenti pegando no frigobar. — Obrigada, amor.

— Não precisa agradecer. — Sorri. — Quem acordou? — Perguntei confuso. Karina riu colocando a bebê no peito para mamar. — Ainda não consigo gravar, só pela roupa. — Cocei a nuca.

— A Agnes tem mais cabelo, meu amor. — Falou divertida.

— Então essa é a Celina, certo? — Concordou mordendo um sorriso. — O papai promete que vai gravar o mais rápido possível, meu amorzinho. — Sussurrei beijando a cabeça da nossa jujubinha.

— Ela acredita, querido, não é, filha? — Sorriu dando um cheiro na nossa menininha, a mesma deu um pequeno sorriso sem largar o peito da mãe. — Você viu? Ela me deu um sorriu. — Karina falou com uma mistura de surpresa e animação.

— Vi, meu amor. Celina está mostrando que acredita. — Beijei a cabeça da minha esposa e escutamos um barulho na porta, encaramos a mesma e era minha irmã apenas com metade da cabeça aparecendo. — Pode entrar, Jay.

— Não quero atrapalhar, só vim ver se precisam de alguma coisa. — Sorriu se mostrando mais.

— Não vai atrapalhar em nada, Jay, olha, ela está sorrindo. — Karina falou e não foi preciso muito para minha irmã vir apressada até nós.

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