Capítulo 71

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Fevereiro.

   Foi uma péssima decisão esperar mais um pouco para lavar todas as coisas dos trigêmeos. Eu estou com oito meses, cheia de contrações de treinamento e não para de chover a uma semana, pensamos em esperar mais um tempo para ver se a chuva passa mas parece que cada dia está mais perto deles nascerem e não tem como isso acontecer sem termos nada pronto. Nosso planejamento de fazer tudo com calma foi por água abaixo.

    Elô, Laila, minha mãe e minha sogra estão aqui em casa nos ajudando, dona Elizabeth, tia Renata e Manuela iriam vir mas tiveram um imprevisto hoje, ontem elas nos ajudaram a separar tudo por tamanhos para ser mais fácil de lavarmos só as dos primeiros meses mesmo.

    Benjamin hoje está trabalhando, é uma quarta-feira e eu tirei licença maternidade tem mais ou menos uma semana, o pessoal da agência fez tipo um chá de bebê surpresa e foi incrível, ganhamos várias coisas.

    No momento estou pegando os cestos das roupinhas de zero até três meses para lavarmos primeiro, estou praticamente vivendo deitada agora, ninguém está deixando eu fazer muita coisa. As vezes isso me irrita mas tem horas que agradeço por isso.

— Essas são de zero até três meses. — Avisei colocando o cesto ao lado dos outros cestos. Quem está aqui agora é minha mãe e minha sogra, as meninas estão fazendo o almoço enquanto Flor está brincando na sala.

— São só as mais casuais ou as de sair estão junto? — Tainá perguntou.

— Está tudo misturado. — Ela concordou começando a separar. — Estão precisando de ajuda com o que?

— Aqui acho que nada, minha filha. Pode ir descansar. — Fiz uma careta começando a protestar e ela negou. — Nem começa, Karina, não era nem para você estar carregando peso, está grávida de trigêmeos e no oitavo mês.

— Mas eu quero ajudar, cansei de ficar deitada. — Resmunguei acariciando minha barriga sentindo os bebês mexerem.

— Repouso é necessário, querida. — Minha sogra me olhou e eu concordei contragosto deixando a lavanderia.

    Sentei no sofá vendo Flor brincar com as Barbies dela no tapete e fiz uma careta respirando fundo ao sentir mais uma contração de treinamento, elas não doem muito mas incomodam bastante.

— Dida? — Senti Flor segurar minha mão.

— Oi, meu amor. — Encarei a mesma que estava com um olhar de preocupação. — A madrinha está bem, amorzinho, não se preocupa. — Beijei o rostinho dela.

— Tudo bem mesmo? — Eloá apareceu com um copo de água. Agradeci tomando longos goles.

— Contrações de treinamento. — Expliquei. — O que estão fazendo para o almoço?

— Caldo de aipim. — Minha boca salivou na mesma hora. — Você gosta, né? — Eloá riu da minha expressão.

— Sou apaixonada, ainda mais nessa chuva.

— Já está quase pronto. Quer comer alguma uva, filha? — Maria Flor negou deitando do meu lado. — Certeza?

— Uhum. — Murmurou concentrada nos meus anéis.

— Qualquer coisa vai lá na mamãe. — Pegou o copo já vazio. Mandei beijo e a mesma retribuiu voltando para a cozinha.

— Vamos ver um filme, Florzinha? A madrinha viu que lançou filmes de natal novos, o que acha?

— Quero ver. — Falou animada e eu sorri ligando a televisão.

    Coloquei o filme que mais nos agradou e ficamos vendo até o almoço ficar pronto, ajudei a arrumar a mesa e sentamos para comer, o cheiro está incrível.

Caminhos traçadosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang