Capítulo 23

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Karina Nunes Reis.

— Meus pés estão me matando - suspirei me jogando no sofá.

— Claro, não parou um minuto - Benjamin riu colocando o restante das sacolas no canto.

— Você se incomoda se eu for tomar um banho? - perguntei levantando.

— Pode ir tranquila, Karina - Benjamin sorriu me olhando e eu assenti - aproveito e coloco essas sacolas no escritório.

— Obrigada, pode ficar a vontade, se quiser comer alguma coisa - sorri beijando o rosto dele e corri para meu quarto.

    Nós compramos tanta coisa para o chá de revelação. Doce, algumas coisas para brincadeiras, resolvi a questão do bufê, entre outras coisas, aproveitei para comprar minha roupa e achar uma para o Benjamin, né, porque realmente ele não sabe comprar nem uma cueca, compramos até mais roupas já que ele disse que estava precisando.

    Peguei um pijama mais comportado, de botões, não quero também que Benjamin ache que eu estou querendo me jogar em cima dele a qualquer custo.

    Já era de noite para eu por pijama? Não, mas era quase, no relógio estavam marcando cinco e quarenta e cinco, e eu não iria sair mais de casa, então não tem o porquê eu me arrumar.

    Tomei meu banho relaxante, prendi o cabelo em um coque e voltei para a sala vendo Benjamin andando de um lado para o outro com o celular na mão.

— Aconteceu alguma coisa? - perguntei e ele me olhou.

— Aconteceu. Acho que meu condomínio não se lembrou de me avisar que teria toque de recolher nos blocos por causa de dedetização nas áreas comuns do prédio, agora eu não posso ir para casa porque só vão liberar a entrada e saída depois das quatro da manhã - bufou sentando no sofá - e o pior, ninguém está me atendendo, devem estar na reunião, e quando é com investidores costuma demorar.

— Dorme aqui, ué, tem dois quartos sobrando - ele me olhou surpreso.

— Eu posso?

— Claro, por que não? - dei de ombros - você também comprou roupa que dá para dormir, cueca da para lavar e por na máquina de secar - falei e ele assentiu sorrindo.

— Obrigado - agradeceu sorrindo animado.

— Quer tomar um banho enquanto eu coloco para lavar suas roupas? No ciclo rápido mesmo, não está suja.

— Pode ser, só não quero te dar trabalho.

— Não vai me dar trabalho nenhum. Tem produtos de banho e toalha em todas as suítes, se precisar de alguma coisa me chama.

— Ok, obrigado mesmo - sorriu indo para o corredor.

    Peguei as roupas dele que eram para lavar e pus tudo na máquina no ciclo rápido. Depois me joguei no sofá ligando a televisão.
    
— Tive que por a mesma roupa - Benjamin apareceu envergonhado um tempo depois.

— A mesma cueca? - brinquei e aí mesmo que ele ficou vermelho de vergonha.

— Aí não, né - ri concordando e anotando mentalmente para não olhar da cintura para baixo - está vendo o que? - sentou do meu lado.

— Ainda nada, não sei o que ver - me espreguicei - filme ou série?

— Não sei - deu de ombros. Me assustei com ele puxando minha perna - massagem - avisou começando a massagear meus pés. Fechei os olhos suspirando aliviada e conseguia escutar a risada dele.

— Você vai me acostumar mal, vai ter que vir aqui em casa quando eu quiser massagem agora- brinquei.

—  Pode deixar - falou risonho. Me aconcheguei mais no sofá enquanto meus pés recebiam uma bela massagem.

Caminhos traçadosWhere stories live. Discover now