Capítulo 37

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Benjamin Castro Belchior.

    Eu cheguei à conclusão de que realmente não sirvo para cozinhar. Acordei cedo hoje, não consegui dormir bem com medo de machucar a Karina durante a noite, porém ela continuou dormindo plena, só reclamou de dor uma vez mas logo voltou a  dormir. 

     Levantei para tentar fazer alguma coisa para ela comer, mas eu não sei o que fazer, essa é a verdade. Peguei alguns ovos e bacon, porém eu já queimei um ovo. Como? Aí já é outra história.

— Droga. Como desliga isso aqui? — Resmunguei tentando desligar o fogo da água para o café.

— Toca no botão. — Encarei a porta da cozinha. Karina estava encostada no batente com um sorriso divertido. — Tem um botão vermelho aí no fogão, só apertar. 

     Encarei o fogão em geral e o botão vermelho enorme do lado ria da minha cara nesse exato momento. Desliguei o mesmo e suspirei encarando a Karina.

— Eu queimei um ovo. — Fiz bico. Karina riu se aproximando e me deu um selinho.

— Não tem problema, amor.

— Tem sim. Eu queria fazer o café da manhã. — Suspirei encarando o resto dos ovos e do bacon que sobraram. — estão horríveis.

— Tenho certeza que não estão.

— Estão todos quebrados, não tem um ovo inteiro e o bacon parece queimado. — Encostei na bancada.

— Estão ótimos, não se preocupe. — assegurou mexendo no meu cabelo. — acordou cedo.

— Perdi o sono. — coloquei a água no coador para passar o café. Eu normalmente uso a cafeteira de cápsulas, é mais prático e rápido, mas a Karina e meus pais gostam mais do café coado no coador de pano, eu acho gostoso também. — Como está?

— Por enquanto só sinto um incomodo, deve passar depois do remédio. — concordei colocando as coisas no balcão da cozinha. — Viu, não ficou ruim.

— Você ainda não provou. — Encarei ela. Karina riu segurando meu rosto, acariciando o mesmo com os polegares. 

— Relaxa, vai estar gostoso. — Me deu um beijo rápido — Estou com fome. — Sentou na cadeira.

— Boa sorte. — Karina riu pegando um pouco do ovo e fez uma careta. — Eu disse que estava horrível.

— Está sem sal, querido, apenas. Mas o gosto está ótimo. — Pegou o saleiro jogando um pouco sobre o ovo. — prova. — Me aproximei com a boca entreaberta e Karina pôs um pouco do ovo. — O que achou?

— Da para o gasto. — Dei de ombros e ela riu.

— Está ótimo. — afirmou novamente. — vem comer.

— Já vou, estou só esperando o café terminar de passar. — Karina concordou comendo o bacon. — também está gostoso?

— Eu gosto dele crocante, está perfeito. — sorri um pouco satisfeito.

     O café ficou pronto e eu me juntei com ela. Tomamos café da manhã e não ficou de todo mal, só não estava as mil maravilhas.

    Após o café da manhã, eu e Karina fomos tomar um banho, tomamos juntos mas eu não estava ligando para desejos sexuais naquele momento, estava preocupado com a mão dela. Depois que saímos ela me ajudou a escolher uma roupa e nos vestimos, fiz um novo curativo e dei os remédios para ela tomar.

— Eloá está te ligando. — Peguei o celular dela na mesa de cabeceira.

— Ela disse que ligaria pela manhã para saber como eu estou. — entreguei o celular para ela. — Obrigada.

Caminhos traçadosWhere stories live. Discover now