Capítulo 68

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Benjamin Castro Belchior.

Infelizmente tenho que trabalhar hoje, minha vontade é de ficar em casa com minha esposa mas agora são mais três bocas para alimentar.

Três bebês, isso é loucura.

Levantei cobrindo Karina melhor e depositei um beijo em sua cabeça e barriga, não vejo a hora de crescer.

- Bom dia, bebezinhos do papai. - Sussurrei dando mais alguns beijos.

Fiz todas as minhas coisas e me vesti, desci pegando meu sapato na lavanderia e calcei o mesmo. Preparei uma salada de frutas para minha garota e deixei na geladeira junto com um bilhete. Como estava sem fome, apenas tomei um café e saí de casa.

No caminho da empresa fui resolvendo alguns telefonemas para adiantar e subi para a minha sala dando de cara com Diego na mesma.

- Bom dia, chegou cedo. - Abracei o mesmo.

- Não consegui dormir muito bem essa noite, então resolvi vir mais cedo para não acordar as meninas.

- Está tudo bem? - Perguntei preocupado.

- Sim, só perdi o sono mesmo. - Deu de ombros. - Como está agora sabendo que vai ser pai de três? - Abri um sorriso enorme sentando em minha cadeira.

- Não sei nem explicar a sensação. Tem noção que estávamos tentando só por três meses e vieram trigêmeos? É uma loucura.

- Um bebê para cada mês tentando. - Riu me fazendo rir junto.

- Não pensei nisso.

- Bom dia, meninos. - Meu pai entrou na sala sorridente.

- Bom dia, pai. - Respondemos juntos.

- Deixaram isso para você agora na recepção, meu filho. - Meu pai estendeu uma caixa média em minha direção. Franzi o cenho pegando a mesma.

- Para mim? Quem enviou? - Perguntei desfazendo o laço.

- Não sei, não enviaram com cartão. Talvez seja alguma marca parabenizando pela gravidez. - Meu pai deu de ombros e Diego veio para meu lado curioso.

Abri a caixa também com bastante curiosidade e fechei a cara vendo as fotos no meio de pétalas de flores brancas.

- Essa mulher ainda existe? - Diego perguntou de cara fechada. Meu pai se aproximou negando e fechou a caixa.

Eram fotos da Louise com roupas íntimas, a garota que me humilhou no ensino médio. Sinceramente, não lembrava dela mas parece que quando tudo está ótimo sempre aparece algo para nos tirar do sério.

- Vamos ignorar isso, sabemos como as pessoas são, principalmente Louise. - Meu pai falou apertando meu ombro. - Vou jogar no lixo, está bem?

- Obrigado, pai. - Ele sorriu de lado saindo da sala. - Só espero que essa mulher não venha querer provocar Karina, se é dinheiro que ela quer, não vai conseguir um centavo.

- Não vamos deixar ela fazer nada com a Karina, irmão. Fique tranquilo. - Agradeci sorrindo fraco. - Vou para a minha sala, qualquer coisa só chamar.

- Obrigado. - Diego saiu da sala me deixando sozinho com meus pensamentos. Estava tudo bom demais para ser sincero.

Karina Reis Belchior.

Estou morrendo de fome e feliz por meu marido ter me chamado para almoçar fora, não queria fazer almoço mesmo.

Não estou trabalhando essa semana. Francine me liberou já que os trabalhos que eu teria são em um parque de diversões e a maioria dos brinquedos eu não poderia ir, então indiquei Jade para esse job e minha cunhada amou super.

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