Capítulo 20

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Karina Nunes Reis.

Oito e meia da manhã, não imaginei que eu estaria acordada essa hora depois de uma mudança cansativa. Ontem eu e meus pais ficamos até três da manhã organizando o que dava, como eu só estava com minha cama e as coisas do estúdio e escritório, o resto teve que ficar em caixas, as coisas da cozinha nós organizamos, dos banheiros também, mas de resto, tudo nas caixas.

Deixei meus pais dormirem na minha cama, mesmo com eles relutando, mas não iria deixar eles dormirem no chão. Forrei uns lençóis no chão, em cima do tapete e dormi plena. Estava tão cansada que não senti nada.

Hoje eu tenho job, tenho que ir em uma reunião em uma agência, reunião sobre uma campanha, depois que eu sair de lá, vou ir almoçar com a Eloá no shopping e aproveitar e ver algumas coisas para a casa. Claro que eu não vou comprar tudo de uma vez, mas sim algumas coisas que já consigo comprar.

Vão vir instalar a internet amanhã, até lá a televisão está no chão e eu não consigo ver minhas séries, triste porém eu posso ver no celular, não tem problema.

Ontem de janta minha mãe decidiu fazer camarão na moranga, meu pai teve que ir atrás de uma abóbora porquê dona Talita não cansou enquanto não fez o jantar que estava em mente. Estava tão, tão gostoso que não sobrou nada, nem um camarãozinho para contar história.

Acabei de me arrumar, tenho meia hora para chegar na agência, sorte minha que é dez minutos aqui de casa. Deixei a mesa de café da manhã pronta para os meus pais. Mandei uma mensagem para a Eloá avisando que depois que eu saísse da agência eu passaria lá para buscar ela.

[...]

A reunião foi muito boa, conseguimos resolver muitas coisas sobre a campanha, acabei de sair da sala de reunião, mandei mensagem avisando a Elô que estava a caminho e saí do elevador indo até a porta de saída.

- Dona Karina - escutei alguém me chamar e virei vendo a recepcionista acenando para mim.

- Oii - me aproximei da mesma - esqueci alguma coisa na sala de reunião - perguntei confusa e a mesma negou sorrindo.

- Não, não é nada disso, dona Karina, é que deixaram isso aqui para a senhora - abaixou pegando um buquê de flores maravilhosas e uma sacolinha da Tiffany & Co.

- Para mim? - perguntei surpresa pegando as flores - Você sabe quem deixou? - encarei a mesma que negou.

- Foi um entregador que deixou aqui minutos depois da senhora entrar na sala de reuniões, mas deixou esse cartão junto - me entregou o envelope.

- Obrigada - agradeci e a mesma sorriu atendendo um telefonema - será que até minha agenda de trabalho você tem? - murmurei curiosa enquanto caminhava até o estacionamento.

Entrei no meu carro deixando o buquê e a sacola de lado, abrindo logo o cartão e matando a curiosidade.

"Pensei em você assim que vi essas flores, espero que goste delas e do presente
Espero que use no nosso primeiro encontro futuramente.

Ass: Seu admirador secreto.

Ps: tenho entre 25 e 30 anos"

Sorri igual uma boba, e olha que eu não fazia ideia de quem é esse admirador secreto. Encarei as flores mas a minha curiosidade falou mais alto, peguei a sacola abrindo e me deparei com uma caixa perfeita, pelo tamanho era um colar.

Eu sempre passo longe dessa loja, as coisas são lindas mas caras, muito caras. Para meu admirador secreto me dar um presente de lá, ele deve ter muito dinheiro, e aqui na região são poucos os homens que tem dinheiro para isso e que tem entre 25 e 30 anos.

Caminhos traçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora