15

106 22 17
                                    

·mariana melo·

entrei na casa do lucas sem pedir licença e vi o mesmo no chão enquanto o seu pai batia nele, me aproximei rapidamente.

mariana: ei, murilo. --- chamei sua atenção, ele me olhou.

sem nem pensar duas vezes fechei meu pulso e acertei ele com um soco no olho fazendo ele cair longe do lucas.

lucas: m-mari... --- vi ele machucado.

murilo: vadiazinha desgraçada. --- tentou levantar.

mariana: CALA A PORRA DA BOCA, DESGRAÇADO. --- gritei acertando dois socos no rosto dele.

eu não era de me meter em confusão e muito menos socar a cara de alguém, mas dessa vez era diferente.

murilo: você vai me pagar, ta ouvindo? --- limpou o sangue da boca.

mariana: vaza daqui antes que eu chame a polícia, vaza daqui! --- falei fazendo ele me encarar com raiva e correr em seguida.

carol: eu vou ligar pra polícia. --- falou tremendo.

lucas: não! não liga! --- gruniu de dor.

mariana: vem, levanta. --- ajudei o mesmo a levantar e coloquei ele no sofá. --- carol, pega a maleta de primeiro socorros no armário de cima da cozinha.

carol: e-eu...tô com medo. --- falou nervosa.

mariana: não precisa! só pega aquele caralho. --- falei sem paciência e ela correu até a cozinha.

lucas: não foi culpa minha, ele tava bêbado pra caralho. --- ele gruniu, vi seus olhos cheios de lágrimas e senti meu coração apertar. --- ele pediu dinheiro pra beber mais e eu neguei então ele...

mariana: shiu! --- coloquei o indicador entre seus lábios. --- eu conheço aquele desgraçado, não é a primeira vez que isso acontece.

carol: aqui. --- me entregou a maleta.

lucas: não precisa disso mariana. --- ele negou. --- eu tô bem, foram só alguns cortes.

mariana: só cala a boca e me deixa cuidar de você. --- pedi pegando o algodão e passando no corte no canto da boca dele.

lucas: com cuidado mano, dói pra caralho. --- reclamou.

mariana: só preciso colocar o curativo. --- coloquei o curativo na superfície do olho dele e passei uma pomada no canto da boca do mesmo.

ele não tinha se machucado tanto, só tava com alguns cortes e roxos pelo rosto.

mariana: você tá com dor? -- olhei ele.

lucas: não, tô de boa..sério. --- respirou fundo. --- eu só quero matar ele.

mariana: eu juro que ajudo. --- rimos.

carol: sua mão ta começando a ficar inchada, não é melhor você colocar um curativo. --- se aproximou.

e foi só ali que me dei conta que eu tinha deslocado minha mão com os socos que eu dei no Murilo, senti minha mão doer e mordi o lábio tentando controlar a dor.

lucas: deixa eu ajudar, vem cá. --- tentou pegar meu braço, neguei.

mariana: tá tudo certo.

carol: tudo certo? teu braço ta roxo mari, tu deslocou o pulso véi. --- falou preocupada. --- deixa eu enfaixar.

e foi o que os dois fizeram, de um jeito maluco colocaram álcool na minha mão e uma pomada pra curar mais rápido em seguida enfaixando meu pulso com uma atadura.

carol: viu? conseguimos. --- riu fraco. --- ele vai voltar né?

lucas: vai. --- respirou fundo. --- vai agir como se nada tivesse acontecido e depois repetir o que fez.

carol: se quiser ficar lá em casa pode, ok? --- fez carinho no rosto dele.

lucas: relaxa carolzinha, vou ficar por aqui mesmo. --- assentiu. --- ele que vai ter que vazar daqui.

mariana: você ta melhor? quer que eu traga algum remédio? --- olhei ele que me olhou.

lucas: não, tô bem. --- assentiu, olhei descomfiada e ele riu. --- te juro, eu tô acostumado com isso.

mariana: tem certeza que não quer que eu faça algo? --- ele assentiu

lucas: valeu por vir e me ajudar e desculpa pela briga mais cedo. --- sorriu fraco. --- tu é foda demais mariana, esquece não.

mariana: eu e tu sempre. --- pisquei e ele assentiu. --- vou deixar os pombinhos a sós porque preciso me arrumar pra resenha.

carol: passa aqui, a gente pode ir junto. --- falou e lucas assentiu.

mariana: tudo bem, eu passo. --- assenti e fui até a porta. --- qualquer coisa me liguem ou gritem.

lucas: cê também. --- sorriu.

respirei fundo e fechei a porta indo pra casa, tranquei a porta da minha casa e fui pra cozinha tomar um analgésico porque meu pulso tava doendo pra caralho. murilo era um filho da puta e não era a primeira vez que ele tinha feito aquilo com o lucas, mas era a primeira vez que eu tinha tomado coragem de socar a cara dele.

lucas não tava vem com aquilo tudo e por mais que eu quisesse ficar lá e dar um apoio pro meu melhor amigo eu sentia que só ia atrapalhar aqueles dois.

carol é uma garota legal e é disso que o lucas precisa.

afastei qualquer tipo de pensamento, coloquei uma música e fui tomar um banho pra me arrumar e ir pra resenha na casa do caio.


entre fumaçasWhere stories live. Discover now