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·lucas brandão·

🚨 esse capítulo contém gatilho, leia por sua conta e risco.

gabi terminou os procedimentos em torno de 10 minutos fazendo um curativo preparado, a garota tinha o dom mesmo.

observei ao redor e peguei a arma que tinha no chão fazendo eles me olharem.

lucas: isso aqui fica comigo, garantia. --- dei de ombros desarmando a arma.

gustavo: não faz nenhuma merda.

caio: consegue ficar de pé? --- eu assenti e segurei a mão dele pra levantar, gruni de dor.

gabriela: não força muito, não consegui costurar o ferimento porque não tem o que eu preciso. --- suspirou limpando as mãos.

gustavo: e os analgésicos que ele tomou? não faz a dor passar? --- perguntou preocupado.

gabriela: vai fazer daqui a pouco. --- assentiu.

giovana: depois vamos te levar pro hospital nem que eu tenha que te arrastar pelos cabelos, ta ouvindo? --- me deu um sermão. ---- ainda vamos acabar com aquele filho da puta.

lucas: primeiro a gente precisa ir atrás da mariana. --- falei e eles assentiram.

gabriela: ela tá muito machucada, não quero perder ela mas também entendo. --- suspirou triste.

caio: mariana é uma das minas mais firmezas que eu conheço mas a gente errou pra caralho com ela. --- me ajudou a ir pra fora da casa.

giovana: que tal a gente queimar a casa do luiz antes de ir? --- perguntou segurando um isqueiro e eu neguei.

gustavo: se você quiser enfrentar um processo a gente faz isso, preparada? --- perguntou e ela bufou. --- o importante é acharmos a mari.

giovana: espero que ela esteja bem.

lucas: eu também, gio. -- respirei fundo.

entramos dentro do carro, procuramos mariana pelas ruas mas ela não estava então provavelmente tinha ido pra casa. fizemos um caminho rápido ora caralho e logo chegamos na casa dela, desci do carro rápido e fui até a porta com todos.

toquei a campainha diversas vezes mas ela não abriu, abri a porta facilmente e entramos vendo ela jogada no chão da sala.

senti um aperto no coração e corri até ela.

lucas: mariana, fala comigo! --- sacudi a mesma.

gabriela: ela se drogou, de novo. --- falou vendo as cápsulas de remédio na mesinha.

caio: ela quase não tem pulso, lucas. --- falou entrando em desespero, giovana e gustavo choravam tentando acorda-lá.

giovana: por favor, acorda! --- chorou.--- não posso te perder, eu não posso.

lucas: a gente tem que levar ela pro hospital, agora caralho! --- peguei ela no colo, eu tava tão desesperado que até esqueci que tinha levado um tiro.

já tinhamos passado por isso anos atrás mas dessa vez era diferente, eu quase não conseguia sentir o pulso dela. o peso daquela situação tinha sido tão grande que tinha levado ela a cometer aquilo.

levamos ela rapidamente até o carro e caio logo deu partida.

caio: a gente não pode perder ela, não de novo. --- negou limpando uma lágrima rapidamente.

lucas: a gente não vai. --- neguei sentindo meus olhos lacrimejarem.

gabriela: vai rápido, por favor! --- pediu.

caio foi rápido e ultrapassou sinal pra caralho, fizemos o caminho mais rápido que eu esperava.
desci do carro rapidamente com ela no colo e entramos no hospital.

giovana: não tem ninguém nesse caralho? alguém ajuda aqui! --- gritou.

dois enfermeiros se aproximaram com uma maca e deitei ela ali vendo a mesma desmaiada, seu rosto tava pálido e a boca seca.

enfermeiro: nome da paciente e o que houve com ela? --- checou o pulso

lucas: mariana melo, ela se drogou.

enfermeiro: vamos levar e ela e fazer o melhor que pudemos. --- nos olhou. --- esperem aqui e fiquem calmos.

gabriela: me digam que ela vai ficar bem, por favor. --- pediu chorando.

enfermeiro: vamos fazer o melhor que podemos. --- assentiu levando ela.

gabriela abraçou caio chorando no ombro dela e giovana abraçou gustavo desesperada. eu não sabia o que fazer e nem o que sentir, meu coração tava despedaçado e eu tava me sentindo mal pra caralho.

caio: ei, vem cá. --- ele me puxou pra um abraço com a gabi. --- ela vai ficar bem.

enfermeira: acho melhor me acompanhar e fazer um curativo nisso, sei que levou um tiro mas não vou fazer perguntas...melhor vir antes que alguém note isso. --- falou e eu assenti.

gabriela: vai lá, melhor cuidar disso. --- nos separamos.

acompanhei a enfermeira até uma sala e ela logo começou os procedimentos pra cuidar daquilo.

enfermeira: alguém conseguiu tirar a bala? --- perguntou. --- preciso que continue tomando alguns analgésicos e logo vai melhorar.

lucas: minha amiga, aquela que tava comigo. --- falei e ela assentiu.

enfermeira: não quero perguntar o que aconteceu mas preciso que não comente com ninguém o que eu fiz aqui. --- falou terminando o curativo.

lucas: porquê? medicina por amor? --- ironizei e ela riu.

enfermeira: meu trabalho é cuidar de pacientes encrenqueiros que nem você. --- riu fraco. --- e você me lembra meu filho, perdi ele exatamente por isso.

lucas: eu sinto muito. --- olhei ela.

enfermeira: tudo bem. -- sorriu fraco. --- se cuida, ok?

entre fumaçasDove le storie prendono vita. Scoprilo ora