entre fumaças

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·isac gomes·

enquanto a gente tava fazendo prova minha mãe chegou na sala chamando mari, lucas e caio pra sala dela. olhei gus e ele me olhou preocupado assim como gio, gabi e bea. eu tinha que fazer alguma coisa e só eu poderia impedir minha mãe de tomar alguma decisão.

levantei da cadeira e todo mundo me olhou inclusive o professor, quis me enfiar no chão mas era tarde demais.

isac: e-eu tô passando mal. --- foi a primeira coisa que saiu da minha boca.

professor: você quer ajuda? --- perguntou e neguei.

isac: só preciso de um ar. --- falei e ele assentiu indo abrir a porta.

gustavo: eu também tô passando mal. --- falou se abanando.

giovana: eu também, nossa...vou vomitar aqui mesmo. --- fingiu vomitar.

gabriela: deve ser virose, eu ajudo eles...vou ser médica. --- inventou desculpa.

beatriz: juntos venceremos.--- levantou da cadeira, prendi o riso.

professor: engraçado né? o grupinho todo passando mal. --- cruzou os braços.

isac: foi mal professor. --- falei, olhei meus amigos e assenti.

logo o grupinho correu pra fora da sala e fomos até a sala da minha mãe entrando todo mundo junto. acabamos caindo na porta fazendo minha mãe saltar da cadeira e a mari começar a rir.

mãe: mas que merda ta acontecendo aqui? --- falou irritada, engoli o seco.

isac: não tinha arma, ele tá mentindo. --- falei tentando levantar do chão assim como os outros.

mãe: como tem tanta certeza? --- me olhou, finamente consegui levantar.

gustavo: a gente tava lá, ninguém viu nada...luiz só ta mentindo porquê odeia a gente. --- falou tirando a poeira da roupa, ele tava tão lindo hoje.

luiz: o casalzinho se juntou pra defender os amiguinhos? --- cruzou os braços.

mãe: do que você ta falando? --- olhou luiz.

luiz: você não sabe sobre o seu filho? --- falou rindo. olhei o mesmo e neguei.

gustavo: isso não tem nada haver com o assunto, seu desgraçado. --- tentou partir pra cima dele mas gio impediu.

luiz: o seu filho não passa de um viadinho de merda, ele namora o gustavo. --- cuspiu as palavras, minha mãe sentou na cadeira e encarou o chão.

mariana: cala a merda da sua boca, filho da puta. --- encarou ele. --- desgraçado.

mãe: é verdade o que ele disse luiz? --- ela finamente me olhou.

então era essa a hora de me assumir? não era assim que eu planejava, senti minha boca secar e minhas mãos tremeram. tentei falar diversas vezes mas nenhum som conseguia sair da minha boca a não ser lágrimas pelos meus olhos.

gustavo: passaríamos por isso juntos, lembra? --- ele sussurrou ficando do meu lado.

segurei sua mão e respirei fundo, giovana veio do meu outro lado e também segurando minha mão me passando um olhar tranquilo.