·luiz queiroz·
durante muito tempo eu escondi ser irmão da mariana, eu me fechei e tentei ser quem eu realmente era quando criança. um garotinho completamente alegre e que amava os pequenos detalhes
mas as coisas mudam, pessoas crescem e se machucam...encontram outros propósitos e problemas pela frente.nada que planejei saiu do jeito que eu queria. começando por como eu contaria a mariana que éramos meio irmãos. foi um baque pra garota o que fez ela ir parar no hospital, eu me apaixonei por ela mas um cara impedia aquilo tudo de acontecer.
desde então tudo que se passa na minha cabeça é a palavra: vingança.
faria qualquer coisa pra ficar com ela, não importa por quem eu passaria. eu faria qualquer coisa por ela, afinal o amor é isso né?
pessoas que se amam precisam ficar juntas, eu amava ela e tenho certeza que ela me ama também!
mas pra isso eu precisava tirar umas pedras do caminho, do meu jeito...
tiraria lucas do caminho, eu e ela ficaríamos juntos e morariamos fora do país, filhos e uma tartaruga era o que eu planejava pra nois dois.
carol: ei, no que tá pensando? --- perguntou da cozinha, olhei ela.
depois de tudo carol e eu tínhamos nos entendido e agora estávamos tendo um casinho.
luiz: planos pro futuro. --- pisquei.
carol: e nos seus planos eu tô inclusa? --- veio até mim com uma panela de brigadeiro.
luiz: claro. --- eu menti olhando nos olhos dela. --- mas pra isso temos que fazer muitas coisas antes.
carol: tipo o quê? --- comeu uma colherada de brigadeiro.
luiz: eu não posso contar agora. --- ri fraco. --- mas preciso tomar medidas contra o lucas e todos aqueles amigos da mariana, eles não são boas companhias pra ela.
carol: porquê a gente não esquece disso? qual é? a mariana é uma garota sem sal e você tem a mim! eu faria tudo por você, até destruir a vida dela. --- sorriu de lado.
luiz: não quero que cometa nada contra a mariana, você enlouqueceu? --- encarei ela.--- meu foco é acabar com o lucas, ele não é certo pra ela.
carol: você acha que é? --- suspirou.
luiz: você sabe que eu te amo, não é? --- menti, eu amava apenas a mariana.
carol: as vezes parece que você é apaixonado por aquela vadia. --- me olhou irritada, neguei.
luiz: só quero arrumar as coisas entre a gente. -- falei simples deixando um silêncio ali na sala.
carol: você mataria alguém? --- ela perguntou do nada, olhei ela.
anos atrás eu negaria totalmente, mas parece que as coisas mudaram pra mim.
luiz: acho que seria divertido. --- eu sorri. --- o que você acha?
carol: acho assustador. --- ela riu como se eu falasse uma piada.
luiz: mataria o lucas, assim ele não poderia ficar com a mariana. --- dei de ombros.
carol: vai fazer isso? --- me olhou assustada.
luiz: talvez eu faça, me parece boa ideia. --- sorri fraco. --- ele não merece estar aqui.
carol: você tá começando a me assustar. --- suspirou.
luiz: não precisa ter medo, sabe disso. somos um casal não é? eu por você e você por mim. --- falei segurando a mão dela. --- você me ajudaria?
carol: a matar alguém?
luiz: sim, a matar alguém. --- concordei.
carol: luiz..
luiz: achei que me amasse. -- encarei ela. -- mas parece que não.
carol: eu amo, desde sempre! sabe disso. --- respirou fundo.
luiz: então prove! me ajude a fazer o que eu quero, me ajude a ter minha vingança. --- encarei ela. --- me ajude e eu prometo te amar como nunca.
carol: isso me assusta. --- vi seus olhos encherem de lágrimas.
luiz: para com isso! não precisa chorar, eu não fiz nada com você. --- abracei ela. --- não quero que chore, quero que apenas faça o que eu peça.
ela começou a chorar desesperada e eu revirei os olhos, até quando eu aguentaria isso? se a mariana estivesse aqui comigo nada disso estaria acontecendo!
luiz: já chega carolina! já chega! --- eu gritei fazendo ela engolir o choro.
carol: para com isso, não me trata assim. --- ela pediu cabisbaixa.
luiz: me desculpa, não foi porquê eu quis! -- me aproximei abraçando ela. --- eu te amo.
carol: de verdade? eu só preciso de alguém que me ame, sabe que me sinto sozinha.
luiz: faça algo por mim e eu jamais sairei do seu lado. --- pedi, ela ficou em silêncio. --- hein? o que acha?
fiz um carinho no rosto dela, aquilo precisava funcionar.
carol: tudo bem.--- assentiu. --- quando vamos agir?
luiz: logo, já tenho tudo em mente. --- sorri de lado.
carol: sério?.
luiz: tenho amigos por aí, inclusive eles já fizeram um pequeno trabalhinho pra mim. --- falei olhando mensagens que eu havia mandado dias atrás pro lucas.
carol: você acha que isso vai atrapalhar em algo? --- perguntou, revirei os olhos..
as vezes ela era meio burra
luiz: tenho certeza que eles devem estar brigados essa hora. --- ri. --- o que eu preparei pro lucas parece estar bem perto de acontecer.
carol: algo me diz que isso vai dar muito errado.--- suspirou, encarei ela.
luiz: arruma as malas, vamos viajar.
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entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.