·mariana melo·
os meninos estavam agilizando o churrasco no quintal enquanto nós agilizavamos com as bebidas, a música estava na altura certa. eu amava rolê agitado com música alta e várias pessoas mas esse tipo de rolê com meu grupinho era um dos melhores, a gente comia, bebia e se divertia pra caralho.
caio: tem carne aqui, vão pegar não? --- chamou nossa atenção, peguei minha garrafinha de ice e levantei indo até lá.
mariana: onde? --- perguntei.
caio: tem ainda não. --- negou. --- só te chamei mesmo pra gente fofocar.
gustavo: como sempre uma fofoquinha, eu amo. --- passou a mão no cabelo e riu.
mariana: o quê? qual foi dessa vez? --- perguntei interessada.
caio: tu num acha que a gente tem que fuder a vida do murilo não? --- arqueou a sobrancelha.
mariana: ih, caio. o lucas já não ta bem com isso, não acho que seja uma boa idéia. --- neguei encostando na parede.
caio: é, verdade. --- suspirou. --- e a carolzinha? tava fazendo o quê na hora?
mariana: ela chegou lá em casa assustada pra caralho, a garota tava tremendo...eu só pensei em correr o mais rápido possível até a casa do lucas e a primeira coisa que me veio a mente foi tentar tirar ele de lá. --- bebi minha ice. --- e eu acabei deslocando minha mão.
gustavo: mas concordamos que ela foi muito lesada né? --- revirou os olhos.
mariana: não sei, ela tava assustada. --- dei de ombros.
lucas: qual foi? tão falando o quê aí? --- falou de longe.
gustavo: falando sobre a bosta da escola amanhã. --- mentiu. --- uma droga!
gabriela: vem, vamo dançar. --- me puxou até o centro do quintal.
giovana: eu também vou! --- levantou com a latinha de cerveja. --- você não vem, carol?
carol: daqui a pouco. --- ela riu.
mariana: eu tô de calça garota. --- eu ri. --- não tem como dançar.
gabriela: para de fingir a piranha tímida, toda festa tu tá lá rebolando a bunda.
caio: isso é verdade, eu presto atenção. --- falou de longe e eu ri negando.
gustavo colocou um funkzinho bom pra rebolar a raba e se juntou a nós. foi o que fizemos, eu conhecia a música então foi fácil pegar as batidas e rebolar a raba ali com as meninas. rebolamos, fizemos quadradinho e descíamos até o chão entre risadas.
giovana fazia o papel de sarrar a gente sem maldade, mas sei que ela queria mesmo era sarrar a carol...o que não demorou muito já que ela se juntou a nós. gio como uma boa garota do vale não perdia a oportunidade de sarrar a carol com vontade, ela tava adorando.
eu tava começando a ficar tontinha então não demorei muito a cansar e logo fui pra cozinha pegar mais bebida, pegaria a última porque precisava segurar minha onda afinal eu ia sair com o luiz mais tarde.
quando cheguei na cozinha vi caio e gabriela se pegando então resolvi não atrapalhar e meti o pé dali o mais rápido que pude voltando pro quintal e sentando ao lado do lucas.
lucas: cansou foi? --- me olhou.
mariana: sedentarismo, conhece? --- ri me abanando.
lucas: vai beber mais não? --- estranhou.
mariana: eu ia, mas cheguei na cozinha vendo caio e gabi se comendo. --- eu ri. --- vazei o mais rápido que pude.
lucas: tá zoando? --- ele riu. --- caio é afim dela faz tempo.
mariana: mentira? --- perguntei boquiaberta. --- promessa quebrada então. --- eu ri.
lucas: promessa?
mariana: você não lembra? no fundamental prometemos que ninguém do grupinho se pegaria. --- eu ri.
lucas: a gente era criança. --- negou rindo. --- isso só fortalece amizade.
mariana: concordo muito. --- eu ri e ele me olhou. --- que foi?
lucas: an? que foi o quê? --- perguntou confuso.
mariana: você me olhou estranho.
lucas: não pô, nada. --- ele riu negando.
carol: eu tô passando mal e não é meme. --- chegou se jogando na cadeira ao lado dele.
mariana: ela ta mal mesmo, melhor você ir ajudar ela. --- apontei pra carol. --- dá um copo de água pra ela, a essa hora caio e gabi estão transando no quarto lá em cima.
lucas: como tu sabe?
mariana: conheço meus amigos, um por um. --- sorri de lado.
![](https://img.wattpad.com/cover/281172048-288-k720901.jpg)
YOU ARE READING
entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.