·caio sousa·
gabriela: você acha que ela vai ficar bem? --- me olhou.
caio: tenho certeza. --- dei um selinho nela iniciando um beijo em seguida.
gabriela: do nada? --- riu.
caio: é, eu gosto de tu pô. --- olhei ela que sorriu.
eu tava ficando com a gabi a uns dias, o lance da amizade não atrapalhou porra nenhuma. a garota era uma mina firmeza e parceira pra caralho, não é atoa que eu sempre tive uma quedinha por ela.
giovana: ih casal, não vim praa ficar de vela em um hospital. --- negou e rimos.
gustavo: o lucas ta vindo. --- levantou da cadeira preocupado.
caio: e aí? como ela tá? a gente já pode entrar? --- levantei da cadeira assim que vi lucas voltar do quarto da mariana.
esses dias no hospital não foram fáceis, tivemos que revezar quem passaria a noite aqui entre si pra caso a médica tivesse alguma novidade.
lucas: vamos embora. --- ele falou indo em direção a porta.
gabriela: o quê? não! calma. --- impediu ele.
giovana: o que ela disse? --- perguntou preocupada.
gustavo: não parece ter sido coisa boa. --- suspirou. --- ela ta bem?
lucas: ela precisa de um tempo, ela ta magoada pra caralho. --- nos olhou. --- ela falou que ama a gente mas dessa vez precisa de um tempo, ta ligado?
gabriela: eu vou entrar lá. --- falou decidida.
caio: ela ta certa gabriela, a gente errou com ela..era pra ter contado desde o começo. --- falei.
giovana: assim tudo isso poderia ser evitado. --- abaixou a cabeça.
lucas: vamos pra casa, beleza? --- ele nos olhou e assentimos.
passei o olhar pelo hospital e pude jurar que vi mariana de longe, decidi ignorar aquilo. peguei minha mochila e logo saímos do hospital indo até meu carro, liguei o rádio pra amenizar o clima e dei partida.
casa pega fogo após festa de adolescentes, sem feridos ou mortos.
a moça do rádio falou, lembranças daquela noite invadiram minha mente me fazendo lembrar das exatas palavras da giovana querendo queimar a casa do luiz. liguei os pontos me fazendo parar o carro e olhar giovana.
lucas: que foi caralho? --- perguntou assustado, eu ri sem querer.
gustavo: vocês ouviram o que eu ouvi? --- perguntou.
caio: é, ouvi pra caralho. --- encarei giovana.
gabriela: vocês não estão me dizendo que o incêndio é o mesmo que...
lucas: na casa do luiz? --- se deu conta, todos olhamos giovana.
giovana: tá, eu queimei a casa dele. --- deu de ombros. --- vocês tem sorte de eu não ter colocando fogo no luiz, coisa que eu pensei em fazer.
caio: se ele descobrir a gente ta fudido, cês sabem né? --- encarei ele. --- vai cair polícia na nossa cola.
gustavo: eu não posso ir preso, não posso. --- negou entrando em desespero.
giovana: ninguém vai preso aqui caralho. --- interrompeu ele. --- até porquê eu tô com o isqueiro que eu queimei a casa.
tirou o isqueiro do bolso acendendo o mesmo.
lucas: e eu tô com a arma que foi usada pelo luiz. --- abriu o porta luva do meu carro e tirou a arma de lá.
gabriela: vocês só podem estar de brincadeira, né? --- nos encarou brava. --- eu juro por deus que se acontecer alguma coisa eu mato vocês, eu mato!
caio: não vai acontecer nada. --- falei. --- a gente só tem que negar tudo.
gustavo: só negar? --- perguntou incrédulo.
lucas: é, a gente só tem que negar. --- assentiu.
gabriela: eu não acredito que isso ta acontecendo. --- ela riu nervosa. --- a gente nasceu pra fazer merda.
caio: e não é a primeira vez. --- eu pisquei pra ela ligando o carro.
giovana: ninguém vai cair na nossa cola, a gente só tem que levar a vida normal como sempre foi. --- deu de ombros.
gustavo: eu tô me sentindo em um filme. --- ele riu animado.
lucas: logo esse grupo vai estar completo e a gente vai voltar a fazer muita merda, como sempre foi. --- ele sorriu de lado e aumentou a música que tocava.
caio: é isso que uma família faz né? --- perguntei e eles riram concordando.
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entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.