·lucas brandão·
a festa tava foda pra caralho e eu tava aproveitando muito, já tinha bebido alguns drinks com o caio e as meninas do grupinho o suficiente pra me deixar meio tonto. depois a gente foi se separando, giovana foi dançar com a beatriz e a amiga dela. gustavo carregou a mariana pela multidão, gabriela e caio foram se pegar em um canto qualquer e eu fiquei bebendo com uns moleques e umas amigas.
marcela: oi, você é o lucas né? --- ela se aproximou da mesa e eu assenti.
yure: qual é? vai apresentar não? --- foi logo tirando onda, yure era um parceiro de rolê. o moleque tava em todo lugar, era foda.
lucas: essa aqui é a... --- esqueci o nome dela e todo mundo me olhou esperando uma resposta.
marcela: marcela, meu nome é marcela.--- riu fraco cumprimentando os outros.
lucas: algum problema? --- perguntei.
marcela: a gente pode conversar? --- falou no meu ouvido e eu assenti.
lucas: volto daqui a pouco. --- avisei os moleques que sorriram maliciosos, ignorei aquilo e me afastei com a mina.
marcela: então, eu tava te olhando desde que tu chegou. --- riu sem graça. --- queria saber se eu posso te beijar.
lucas: ih marcela, tu é gente bora pra caralho mas não tô afim. --- falei e ela suspirou olhando pros lados.
marcela: porquê?
lucas: eu só não tô afim, ta ligada? --- falei e ela riu.
marcela: é por causa da mariana? sei lá, vocês chegaram juntos...achei ela meio sem sal pra você. --- riu alto, encarei ela.
lucas: mas eu não acho pô, ela é foda pra caralho seja pra mim ou pra outro moleque. --- dei de ombros, tava de saco cheio daquela conversa. -- eu só não tô afim de ficar contigo, apenas.
marcela: o que eu tô dizendo é que tu merece algo melhor, tipo eu. --- deu um risinho.
lucas: tô precisando não, valeu. --- fiz legalzinho pra ela. --- tô vazando, aproveita a festa aí.
marcela: última coisa. --- segurou meu braço e me puxou pra um beijo, tomei o controle e me afastei rapidamente.
lucas: qual é mina? ta doida? --- perguntei encarando ela.
marcela: ótimo. --- riu olhando pros lados, continuei encarando ela. --- um beijo não mata ninguém, amor.
ela saiu sem esperar uma resposta e eu olhei aquilo sem entender até ver a mariana me olhar de longe com o gustavo, ela sorriu levantando a dose me oferecendo e eu neguei sem graça.
caio: qual foi? que beijo aleatório foi aquele? --- veio do meu lado, fofoqueiro pra caralho.
lucas: ela me beijou do nada, vai entender. --- neguei.
caio: já sei até porquê foi. -- revirou os olhos. --- minha pretinha tava me contando que ela tava enchendo o saco da mariana perguntando sobre ti.
lucas: foi? disse o quê? --- perguntei. --- tu e a gabi são dois fofoqueiros, namoral.
caio: edifica nossa vida. --- comentou e eu ri. --- a marcela tava perguntando pra mariana se vocês tinham algo, cês não tem ainda né? então foi o que ela disse.
lucas: é pô, a gente falou sobre isso hoje ta ligado? --- acendi um cigarro. --- a gente não ta junto mas também não ta separado.
caio: confuso pra caralho os dois.--- fez careta. --- mas a marcela te beijou só pra mariana ver, sei que foi porquê ela também deu em cima de mim e eu cortei na hora...não conheço a mina mas ela é doida.
lucas: porra, imaginei.--- respirei fundo.
caio: tu e a mariana tão brigados? --- perguntou e neguei.--- passaram a festa toda separados.
lucas: também não vou grudar assim né moleque. --- neguei. --- ela veio pra aproveitar, quero atrapalhar não.
caio: tu gosta dela?
lucas: gosto pra caralho, desde moleque. --- soltei a fumaça. --- tu sabe.
caio: então porra, para de complicar e chega na mina logo. --- deu um tapa na minha cabeça. -- os dois se gostam, pra quê complicar?
lucas: é, tu ta certo. --- apaguei o cigarro.
caio: eu sempre tô. --- se gabou.
olhei pro bar onde a mariana tava não vendo mais ela ali, passei meu olhar pela multidão e vi ela beijando um moleque.
caio: ih, esquece. --- ele riu. --- é foda, namoral.
lucas: acontece. --- ri fraco fingindo que aquilo não me afetou. --- tô cansadão mano, amanhã começo a trabalhar.
eu trabalhava como barman num barzinho chamado: entre fumaças. era perto de casa, um trabalho foda pra caralho, desde que eu tinha levado o tiro meu chefe tinha me dado uns dias de folga.
caio: tu podia arrumar um trabalho pra mim lá também. --- comentou.
lucas: vai lá amanhã, sérgio ta precisando de ajuda lá. --- avisei e ele fez um toque comigo em comemoração.
caio: hein, aquela mina ali ta mirando em tu faz horas...se chama júlia e estuda na nossa escola. --- olhou pra uma garota. --- disfarça se for olhar.
esperei um tempo e logo virei minha cabeça pique mina do exorcista.
caio: for disfarçar assim da próxima fez nem aviso antes. --- falou e a gente riu pra caralho.
lucas: vai se foder, namoral. --- empurrei ele.
caio: ta vindo pra cá. --- fingiu disfarçar.
júlia: e aí gente. --- cumprimentou caio. --- você é o lucas né?
lucas: eu. --- assenti e ela sorriu.
júlia: te vi ali perdido, vim aqui saber como tu tá.
lucas: agora eu tô bem pra caralho. --- falei e ela riu me olhando.
caio: se comam aí, vou ficar com minha pretinha. --- avisou. --- qualquer coisa eu e gabi tamo na sala, ou no quarto.
dei um tchauzinho e saiu dali rapidinho.
lucas: essa é a hora que eu te beijo. --- olhei ela.
júlia: com certeza. --- ela riu se aproximando.
a noite ia ser longa, mas acabava de ficar melhor.
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entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.