·mariana melo·
aquele natal tinha sido um dos melhores da minha vida, comemos, conversamos, rimos, jogamos um jogo aleatório e até fizemos amigo secreto.
desde aquele dia tudo tinha melhorado, eu ainda conseguia ficar assustada e de vez enquando lembrar das cenas daquele maldito sequestro que pra mim tinha sido bem traumático.
mas agora eu estava feliz, dessa vez eu tinha motivos.
lucas: hein? bora ali comigo? --- ele me estendeu a mão e eu sorri sabendo pra onde iríamos.
coloquei minha cerveja em cima da mesa e levantei sendo guiada por ele, fomos até o quintal e logo vi uma escada que dava pro telhado.
mariana: consegue subir? --- perguntei olhando ele.
lucas: relaxa, meus machucados não doem mais. --- ele assentiu e segurou a escada pra eu subir.
consegui subir com facilidade e ele logo veio atrás, tomamos todo cuidado do mundo enquanto andávamos pelo telhado até chegar no centro dele onde sempre ficávamos.
lucas: não conseguimos vir no seu aniversário então resolvi te trazer aqui hoje. --- sentou ao meu lado.
mariana: a vista ainda continua bonita. --- suspirei olhando a vista do mar a nossa frente.
lucas: vai ficar melhor ainda quando amanhecer, tu vai ver. --- falou e eu olhei ele.
mariana: achei que fosse te perder. --- falei e ele me olhou. --- foi tão difícil ouvir do médico que você tinha morrido.
lucas: meio que ressuscitei né. --- falou confuso e eu ri empurrando ele de leve.
mariana: quase isso. --- pisquei.
lucas: tu acha mesmo que eu ia te deixar? te prometi um futuro comigo, lembra? --- ele me abraçou de lado.
mariana: nunca vou esquecer. --- deitei em seu ombro.
lucas e eu ficamos ali apenas aproveitando brisa do vento enquanto olhávamos aquela vista pro mar incrível, o barulho das ondas trazia um sensação gostosa pra aquele ambiente. eu gostava de ficar assim com ele, em todos os meus aniversários fazer aquilo era tradição.
lucas: hoje foi o melhor natal da minha vida. --- ele falou depois de um tempo.
mariana: nossa família cresceu. --- falei e ele me olhou com os olhos arregalados.
lucas: c-como assim? tu ta g-gravida? --- ele gaguejou e eu ri.
mariana: não, garoto! --- neguei. --- antes era só nosso grupinho e era incrível mas agora tem o seu pai e minha mãe.
lucas: que por sinal tem alguma coisa rolando. --- falou e eu olhei ele.
mariana: você acha? --- encarei ele que deu de ombros. --- que estranho.
lucas: pra caralho, puta que pariu. --- nós rimos.--- cê tá com sono? --- perguntou e olhei ele negando.
mariana: você tá né? --- olhei ele, seus olhos estavam meio avermelhados.
lucas: consigo esperar o sol aparecer, tá quase. ---riu fraco.
mariana: se quiser a gente vai lá pra dentro. --- fiz um carinho no rosto dele.
lucas: tô bem aqui contigo. --- sorriu e selou nossos lábios com um selinho iniciando um beijo em seguida.
ficamos ali naquele clima de pegação, conversamos sobre diversos assuntos, fofocamos e rimos de todas as merdas possíveis até o sol nascer e vermos aquele nascer do sol incrível.
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entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.