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·lucas brandão·

acordei com a claridade do sol entrando pela janela, levantei resmungando e indo até a cortina fechar a mesma. voltei pra cama de olho fechado e acabei caindo no chão, gruni de dor acordando a mari que me olhou assustada.

mariana: filho da puta, quer me matar? --- falou com a voz rouca.

lucas: foi mal, eu tropecei. --- ri fraco levantando. --- volta a dormir.

mariana: que horas são? --- perguntou amarrando o cabelo em um coque, peguei meu celular na mesinha desbloqueando o mesmo. 8:30 da manhã.

lucas: puta merda. --- falei e ela me olhou rapidamente. --- são 8:30, a gente ta atrasado pra caralho.

mariana: puta merda. --- levantou rapidamente. --- eu vou pra casa, me arrumo rápido e passo aqui pra gente ir ok?

lucas: vai rápido. --- falei e ela assentiu indo até a porta. --- ei ei ei, meu bom dia? tem não?

mariana: bom dia. --- sorriu de lado e saiu rápido, revirei os olhos rindo.

fui até o banheiro tomando um banho rápido e aproveitando pra pensar na noite de ontem. eu gosto da minha melhor amiga desde que eu era criança, ontem eu beijei ela pela primeira vez e dormi abraçado com ela.

seja lá que droga tava acontecendo comigo mas aquilo era bom pra caralho.

terminei o banho e fui procurar uma roupa vestindo a mesma em seguida, passei desodorante e perfume pra ficar massa. terminei de me arrumar e peguei a mochila descendo em seguida, tranquei a casa e meti o pé pra casa da mari.

fui até a janela dela, procurei uma pedrinha no chão e joguei na janela vendo a mesma colocar a cabeça pra fora como de costume. pra não fazer barulho eu sempre fazia esse lance de jogar a pedra, era tradição já.

mariana: vou só pegar a mochila e desço. --- falou em quase um sussurro e eu assenti.

encostei na parede aproveitando pra acender um baseado ali mesmo.

mariana: ih, essa hora é? --- falou fechando a porta, olhei ela soprando a fumaça.

lucas: quer? --- ofereci, ela negou passando por mim e eu acompanhei ela.

mariana: cedo demais. --- fez careta, olhei ela.

lucas: bonita pra caralho né. --- soltei e ela riu negando.

mariana: acha que vão deixar a gente entrar? --- perguntou. --- a gente tem que ir rápido.

lucas: ih caralho, como eu não pensei. --- parei no caminho. --- espera aqui, beleza?

ela assentiu sem entender e eu larguei a mochila no chão, entreguei o baseado a ela e corri pra casa abrindo em seguida e pegando a chave do carro do caio que tava comigo. peguei o carro rapidamente e parei o carro na frente da mari vendo ela ri entrando no carro.

mariana: como não pensou nisso? --- me encarou.

lucas: a gente acordou apressado pra caralho. --- ri fraco. --- cadê o baseado?

mariana: terminei pra você. --- falou e olhei incrédulo. --- você demorou.

lucas: me deve um. --- revirei os olhos. --- hein, como tu tá?

mariana: depois do jantar de ontem? --- perguntou e assenti sem olhar. --- tô bem.

lucas: namoral? --- ela só assentiu.

a gente foi o caminho inteiro jogando conversa fora até chegar na escola, estacionei o carro em qualquer vaga ali e descemos.

mariana: onde ta sua moto? --- perguntou do nada.

lucas: oficina, pneu estragou. --- dei de ombros

a gente passou pelo porteiro de boa e fomos pra sala de aula, entramos recebendo olhares de geral e fomos pro fundão sentar.

professor: isso são horas de chegar? --- cruzou os braços. --- porquê a demora?

lucas: perdi a hora de acordar. --- joguei a chave do carro pro caio. --- valeu pelo carro.

professor: e você mariana? --- encarou ela.

mariana: acontece que eu passei mal. --- mentiu. --- virose, sabe?

luiz: talvez o jantar de ontem não tenha de feito bem né? --- ouvi ele falar do outro lado da sala.

levantei por impulso indo até ele pronto pra acabar com aquele filho ds puta, os amigos dele levantaram e caio veio junto com a mariana.

luiz: ficou putinho? --- ele riu.

lucas: cala a tua boca, filho ds puta.--- encarei ele.

luiz: qual é mariana? não sabe se defender sozinho? --- pegou no cabelo dela, empurrei ele fazendo o mesmo se afastar.

mariana: cala a porra da sua boca. --- apontou o dedo na cara dele.

professor: quantas vezes eu tenho que falar que eu não quero briga aqui? --- se aproximou com raiva.

caio: foi esse desgraçado que começou, ele e o rebanho de boi. --- falou.

professor: não quero saber quem começou, quero você fora da minha sala. --- me encarou. --- agora.

lucas: beleza. --- assenti. --- tu tem sorte que não ta lá fora pra eu quebrar tua cara, filho da puta.

encarei luiz por um tempo e sai dali dando um soco na cadeira fazendo todo mundo olhar pra mim.

eu tava de saco cheio desse moleque, cada vez que ele soltava uma piadinha me dava vontade de acabar com ele.

não era a primeira vez que eu tinha sido expulso de sala e não ia ser a última, eu tinha que aproveitar né.

entre fumaçasWhere stories live. Discover now