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·gabriela lima·

o professor explicava o conteúdo mas minha mente estava bem longe, ou melhor...na cama do caio. brincadeira, por uma parte eu só pensava na burrice que tinha feito em ter transado com meu amigo mas por outra eu só queria um replay.

depois de tantas aulas o sinal finalmente tocou e eu agradeci mentalmente saindo da sala, por mais que eu não quisesse ir pra casa e ver a desgraçada da minha madrasta ainda sim era melhor que a aula acabasse.

moro com meu pai e minha madrasta, minha mãe mora em outro estado mas mantemos contato sempre. desde que minha madrasta chegou tem sido um inferno, a vadia ama opinar na minha vida e me colocar contra meu pai.

caio: buh! --- falou me fazendo pular pra trás de um susto.

gabriela: seu desgraçado! --- dei um soco no nariz dele automaticamente.

caio: caralho gabriela. --- gruniu de dor com a mão no nariz.

gabriela: meu deus, caio! me desculpa, foi sem querer....sério. --- falei preocupada. --- vem cá, deixa eu ver.

caio: tu quase me mata mano. --- fez drama e eu ri sem querer.

gabriela: ok desculpa. --- prendi o riso, ele se aproximou e tirou a mão no nariz.

arregalei os olhos vendo o nariz dele sangrando, ele me olhou confuso..

caio: que foi?

gabriela: enfermaria, agora. --- puxei ele pela mão até a enfermaria e entramos sem pedir licença. --- oi tia, pode me ajudar aqui?

rosa: oi meu bem. --- a tia da enfermaria falou, ela é totalmente legal. --- o que houve?

caio: ela me deu um soco no nariz. --- falou simples, eu ri.

gabriela: ele me deu um susto, foi sem querer.

rosa: só precisa colocar a cabeça pra cima. --- arrumou a cabeça dele. --- assim vai impedir o sangue de vazar, coloca um algodão e pronto.

foi até a mesa pegando um algodão e colocando algo nele entregando ao caio em seguida.

rosa: precisa cheirar isso, vai ajudar.

caio: já cheirei pó, o que é isso perto de pó né? --- falou fazendo marcela arregalar os olhos. --- pó de café tia, que mente maluca é essa? não esqueça do proerd.

rosa: esses jovens de hoje. --- negou rindo. --- tudo certo casal.

gabriela: n-não..não somos. --- ri nervosa.

rosa: não é o que parece. --- deu de ombros. --- agora vazem porque eu preciso trabalhar, não esqueçam do proerd.

caio: proerd, é o programa mas não a solução. --- piscou e saímos rápido.

gabriela: a gente tem que conversar. --- parei no meio do caminho fazendo ele me olhar.

caio: se for sobre ontem ta tudo certo, relaxa. eu gostei pra caralho e a gente pode até repetir...

gabriela: quê? eu ia falar sobre nossa amizade. --- falei óbvia.

caio: ah. --- riu sem graça.

gabriela: não quero estragar nossa amizade de anos caio, não acho que seja certo ficar transando com meu amigo. ---- suspirei.

caio: isso só fortalece a amizade pô. --- sorriu malicioso.

gabriela:tô falando sério, idiota! --- eu ri.

caio: se é assim que tu quer. --- se aproximou de mim me puxando pela cintura. --- tudo bem.

gabriela: é? --- olhei ele nos olhos.

caio: uhum. --- beijou meu pescoço. --- só me deixa aproveitar mais um pouco.

então ele deu uma pegada forte no meu cabelo me fazendo perder o fôlego ali mesmo, caio me puxou pra dentro de um armário de limpeza vazio e nos beijamos com vontade. seja lá o que eu tinha na cabeça eu estava gostando daquilo, gostando muito.

o depois era consequência.

entre fumaçasDonde viven las historias. Descúbrelo ahora