·mariana melo·
eu fiquei com minha mãe por um tempo até ela decidir que iria descansar no quarto, ela ficou bem mais tranquila depois de conversarmos sobre as brigas e nos resolvermos. eu sentia que finalmente estávamos em paz depois de tudo, ainda era difícil assimilar aquilo tudo mas eu conseguiria.
meu celular tocou e eu atendi rapidamente vendo gabi no visor.
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gabriela: oi, você chegou em casa bem?
mariana: eu sim e você?
gabriela: mesma coisa, liguei porquê tava com saudade.
mariana: ih, vai chover. --- brinquei e ela revirou os olhos.
gabriela: me respeita garota, minha tpm ta atacada hoje.
mariana: juro que eu iria até aí fazer brigadeiro pra gente e assistir filmes clichês mas eu tenho que resolver umas coisinhas.
gabriela: o que tem que resolver?
mariana: e-eu tenho que ajudar minha mãe com umas coisas, a gente se resolveu.
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contei a gabi o que tinha acontecido, falamos sobre várias coisas na ligação de vídeo a tarde toda. ela comentou sobre o jantar com o caio e eu fingi que não sabia de nada reagindo da melhor forma.
desligamos a chamada e eu logo corri pra me arrumar, ouvi um barulho na janela e logo vi lucas entrar em seguida.
lucas: a gente pode ir? -- ele perguntou, notei ele estranho desde a praia.
mariana: claro. --- peguei minha bolsa e descemos juntos, avisei minha mãe que iria sair e ela assentiu.
lucas: ela ta estranha, aconteceu alguma coisa? --- perguntou confuso, expliquei a merda que tinha acontecido. --- só pode ser brincadeira, como que esse cara tem coragem de aparecer depois de tudo isso?
mariana: eu sinceramente não entendo. --- suspirei.
lucas: mas tu ta bem? --- perguntou e eu apenas assenti, colocamos o capacete e subimos na moto indo pra casa do caio.
não demoramos a chegar e vi gabi entrando na casa com o caio.
mariana: merda, eles chegaram primeiro. --- tirei o capacete descendo da moto. --- como a gente vai entrar?
lucas: só tem um jeito. --- desceu da moto e me olhou. --- a janela.
mariana: é alto pra cacete. --- observei a janela.
lucas: a gente dá um jeito. --- assentiu e segurou minha mão automaticamente me levando até a janela. --- te dou pézinho e você sobe.
mariana: se eu cair eu te mato, certo? --- falei séria e ele riu.
lucas juntou as mãos e eu consegui subir pela janela quase caindo, suspirei aliviada assim que entrei no quarto do caio. logo lucas conseguiu subir e acabou caindo por cima de mim, a gente riu e eu tampei a boca dele assim como ele fez comigo.
nossos olhares se encontraram novamente e eu senti um arrepio percorrer pelo meu corpo e as malditas borboletas.
mariana: a gente tem que começar antes que eles cheguem. --- empurrei ele fazendo o mesmo sair de cima de mim.
lucas: o que a gente faz primeiro? não sou bom com essas coisas. --- riu nervoso.
mariana: caio disse que deixaria uma sacola com as coisas. --- passei meu olhar pelo quarto e vi a sacola na mesinha, fui até lá pegando a mesma.
expliquei a lucas tudo que tínhamos que fazer, cortamos alguns origamis e fotos dos dois arrumando tudo na cama. colocamos algumas pétalas e balões vermelhos ali, no final tudo estava bonitinho.
lucas: a gente é foda pra caralho. --- ele observou a decoração que fizemos.
mariana: pra caralho. --- concordei e rimos, piada interna opa.
ouvimos passos na escada e nos olhamos preocupados.
mariana: o que a gente faz? --- sussurrei desesperada.
lucas: o armário. --- apontou pro armário e corremos pro mesmo se escondendo ali.
por ser pequeno ele tava apertado pra caralho com nos dois encolhidos ali, coloquei a mão na boca tentando controlar minha respiração pra que ninguém ouvisse.
não ouvimos nenhum barulho ali e nos olhamos estranhando.
lucas: você não ouviu alguém vindo? --- sussurrou.
mariana: achei que tivesse ouvido. --- revirei os olhos e ameacei sair mas ele puxou meu braço me impedindo.
lucas: a gente não pode sair, só temos que sair quando caio entrar pela porta com a gabi.
mariana: o quê? quem disse isso? --- perguntei confusa.
lucas: caio mandou no grupo "pedido de namoro caralho" você não viu? --- ele riu fraco.
mariana: devo ter esquecido. --- ri junto. --- a gente vai ter que esperar eles jantarem então?
lucas: parece que sim. --- assentiu. --- ou a gente pode fazer coisa melhor.
mariana: tipo o quê? --- olhei ele entendendo tudo.
lucas: conversar. --- ironizou me fazendo empurrar ele.
mariana: idiota. --- eu ri. --- fica na sua aí que eu fico na minha.
lucas: tu não aguenta pô, sei que tu quer me beijar. --- falou convencido, e era verdade.
eu queria muito beijar ele.
mariana: ata, convencido pra caralho né. --- encarei ele.
lucas: você quer apostar? --- arqueou a sobrancelha. ---- se você me beijar perde a aposta e se eu te beijar perco a aposta.
mariana: e o que vai ganhar o vencedor da aposta, no caso eu? --- me gabei e ele riu.
lucas: a gente vê isso depois, quero ver se você. --- apontou pra mim. --- vai aguentar ficar longe de mim. --- apontou pra si mesmo.
mariana: vamo ver se você vai aguentar viver sem me beijar. --- me gabei entrando no jogo dele.
lucas: apostado então, gatinha. --- demos um aperto de mão.
mariana: se prepara pra perder. --- sorri de lado.
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entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.