·lucas brandão·
abri os olhos lentamente sentindo a claridade da janela invadir o quarto me fazendo levar as mãos até a cabeça por conta da dor.
me dei conta do que tava acontecendo e vi mariana deitada no meu peito, meu coração acelerou ao lembrar da noite anterior. eu não tava arrependido, eu só não queria ter contado daquele jeito.
mariana: você ta bem? --- perguntou sonolenta.
lucas: e-eu tô com dor de cabeça. --- falei.
mariana: ali tem remédio, na gaveta. --- falou de olhos fechados, eu sorri.
levantei com cuidado e fui até a gaveta abrindo a mesma, procurei o remédio vendo diversos ali. olhei mariana e suspirei.
lucas: você ainda ta tomando isso? --- perguntei, ela me olhou vindo até mim.
mariana: não é nessa gaveta. --- fechou a gaveta e abriu a outra. --- e não, eu não tô me drogando.
lucas: e porquê tu guarda isso? --- olhei ela.
mariana: não sei. -- deu de ombros. --- toma.
ouvimos a porta bater ela fez sinal pra eu calar a boca, a porta abriu em seguida me fazendo encarar a mãe da mariana que nos olhou confusa.
aline: vocês....
mariana: não! --- negou rindo. --- tivemos alguns problemas ontem.
lucas: mari me trouxe e cuidou de mim, nós não...
aline: ok, entendi. --- riu sem graça. --- o café ta pronto, se quiserem descer.
mariana: a gente já vai, só vamos nos arrumar. --- falou sem graça e a mãe dela assentiu saindo.
lucas: ela nem parece a mesma. --- comentei.
mariana: estranho né? --- concordou. --- depois do hospital a gente ta tentando ter uma boa convivência.
lucas: fico feliz pra caralho. --- tomei o remédio.
mariana: eu vou tomar banho e me arrumar. --- falou indo até o banheiro.
[...]
depois do café mari e eu fomos pra escola entre conversas e risadas, falamos de mil assuntos menos da noite anterior.
assim que nos chegamos na escola fomos diretamente pra quadra já que a primeira aula era educação física, minha preferida.
caio: e aí? tudo certo? --- falou assim que me viu, as meninas foram conversar afastada.
lucas: fudeu. --- falei.
caio: quem fudeu quem? --- perguntou confuso.
lucas: eu e a mariana.
caio: tu e a mariana, caralho moleque....
lucas: não caralho! --- neguei. --- eu tô apaixonado pela mariana.
caio: eu sabia porra. --- na empolgação jogou um biscoito em mim, comi o mesmo.
lucas: fala baixo cacete. --- repreendi ele que riu. --- a mina é minha melhor amiga desde criança, e agora?
caio: agora fudeu. --- falou simples.
lucas: pô, valeu aí pelo conselho. --- fiz legal com a mão e ele riu.
caio: tu já contou pra ela? --- perguntou comendo.
lucas: falei ontem, bêbado. --- fiz careta. --- lembro de pouca coisa, mas sei que falei.
caio: ela respondeu? disse o quê? --- perguntou curioso, maria fifi do caralho.
lucas: e tu acha que eu lembro? tava chapadasso, só lembro dela cuidando de mim e do selinho que talvez eu tenha roubado. --- encostei na arquibancada.
caio: chega nela e conta, melhor que tu faz. tu conhece mariana a anos, a gente sabe que ela é uma mina firmeza e foda pra caralho. --- falou e eu concordei. --- e ela também gosta de tu, todo mundo sabe.
lucas: tu acha? sei não viu. --- neguei. --- ela nunca se mostrou interessada.
caio: tu que é burrão e nunca notou. --- pegou o último biscoito, tomei dele que me olhou com deboche. --- a real é que ela sempre te olhou diferente pra caralho.
lucas: vou chegar nela hoje. --- assenti.
caio: melhor tu ir logo. --- falou olhando em alguma direção, segui seu olhar vendo luiz se aproximar da mari. cerrei meus pulsos e levantamos indo até eles rapidamente.
lucas: acho melhor tu vazar antes que eu quebre tua cara de novo. --- falei encarando ele.
caio: e eu vou ajudar. --- deu de ombros.
luiz: vocês acham que eu tô sozinho? -- ele riu mostrando os três amigos atrás dele.
lucas: e tu acha que a gente tem medo desses aí? --- perguntei. --- andou fumando maconha estragada irmão?
gustavo: ainda bem que eu fiz a unha, armada pra eu pular no pescoço daquele ali e enforcar como se fosse uma galinha. --- observou as unhas.
giovana: e eu andei treinando. --- encarou um amigo do luiz.
mariana: você ouviu, não foi? --- ela falou. --- acho melhor vazar daqui antes que eles acabem com você e seus amigos.
lucas: tu ouviu moleque? vaza. --- encarei ele.
YOU ARE READING
entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.