·mariana melo·
tinhamo chegado a alguns e lucas logo me empurrou no sofá dele vindo por cima de mim enquanto distribuía beijos pelo meu pescoço, levei minha mão até a barra da sua camisa tirando a mesma em seguida e jogando em qualquer lugar ali.
passei a mão pelas suas costas sentindo ele roçar o pau coberto pela minha intimidade, arfei com aquilo e ele logo percebeu dando um sorrisinho safado. lucas tirou minha blusa e logo fomos interrompidos pela campainha.
ele me olhou com a respiração ofegante, fiz sinal de silêncio com o polegar e ele assentiu. a campainha tocou mais uma vez e em seguida tocou de novo.
mariana: ok, você atende. --- sussurrei e ele assentiu me dando um selinho e levantando em seguida.
peguei minha blusa vestindo a mesma rapidamente, arrumei o cabelo e me ajeitei no sofá.
lucas abriu a porta e vi minha mãe, encarei ela confusa.
mariana: o que ta fazendo aqui?
aline: liguei pro seu celular milhares de vezes, você sumiu desde ontem. --- ela entrou. --- onde diabos se meteu?
lucas: o jantar que você obrigou sua filha a ir foi uma merda. --- falou. --- ela me ligou e eu fui buscar ela.
mariana: eu meio que levei um você não deveria ter nascido. --- eu ri fraco. --- não ia ficar num jantar assim, liguei por lucas e ele foi me buscar.
aline: acho que não precisamos conversar aqui, melhor irmos pra casa...não acha? -- olhou lucas que encarou ela.
lucas: ih, eu tô ligado nas coisas beleza? sei de toda a merda que o carlos fez pra mariana. --- falou e eu assenti.
aline: eu sei disso. --- suspirou. --- só vim chamar vocês pra comer ou já estavam comendo?
lucas: quê? --- perguntou com os olhos arregalados. --- não tinha ninguém comendo, a gente só tava...
mariana: a gente vai. --- interrompi lucas que suspirou aliviado, eu ri.
minha mãe saiu em seguida e ele me olhou.
mariana: mente poluída do caralho. --- joguei uma almofada nele que segurou a mesma e riu.
lucas: tu pensou a mesma merda. --- jogou a almofada de volta e veio até mim beijando meu pescoço. --- bora lá?
mariana: uhum, vamo. --- assenti de olhos fechados sentindo ele me provocar.
lucas amava fazer aquilo porquê ele sabia onde era meu ponto fraco.
mariana: não me provoca. --- empurrei ele que riu.
lucas: vem, vamo lá. --- me puxou pela mão e a gente saiu indo pra casa.
abri a porta vendo minha mãe a nossa espera na sala, assim que ela nos viu deu um meio sorriso e foi pra cozinha. seguimos ela vendo a mesa cheia de comida e com alguns pratos montados o que me fez estranhar, ela nunca faria aquilo só pra gente comer.
mariana: porquê fez tudo isso só pra gente? --- perguntei apoiando minhas mãos na cadeira.
lucas: pô, ta bonitão isso aqui. --- comentou e olhei ele.
aline: porquê a gente não senta e come? --- falou sentando e colocando o arroz no prato.
fizemos o mesmo e logo a campainha tocou fazendo todo mundo ali se olhar, minha mãe limpou o canto da boca com guardanapo e levantou indo até a porta. e foi aí que eu liguei todos os pontos, muita comida, pratos a mais, comportamento estranho da minha mãe, campainha tocando.
ela tinha chamado alguém e eu sabia muito bem quem.
lucas: puta merda. --- falou, ele também tinha percebido.
a gente se olhou e praticamente conversamos pelo olhar, ele sabia quem era.
logo ouvi passos e vi minha mãe acompanhada do carlos, "meu pai". encarei ela com um olhar de "é sério?" e ela suspirou me passando uma sensação nervosa, minha mãe também era carregada de traumas por conta das milhares traições do meu pai com ela.
carlos: você de novo é? --- encarou lucas com um olhar que eu não conseguia descrever, o que era normal pra mim.
lucas: tem outro eu aqui? --- rebateu com uma cara de tédio.
carlos: oi filha. --- me olhou ignorando lucas.
aline: sei que não avisei mas como o jantar de ontem não deu certo resolvi fazer isso. --- sentou na mesa. --- precisamos conversar né?
mariana: acho que não seja necessário. --- tentei levantar mas fui impedida pelo meu pai segurando meu braço.
carlos: não começamos bem? podemos ter apenas esse almoço? --- encarei sua mão parada no meu braço e olhei ele.
lucas: tu num acha melhor largar o braço dela não? --- levantou encarando meu pai que o encarou de volta.
mariana: primeiramente me solta. --- ele me soltou rapidamente.
aline: eu só peço esse almoço, apenas isso. --- falou com a voz falhada, olhei ela que assentiu. --- tudo bem.
assenti e sentei na cadeira contra minha vontade, lucas fez o mesmo sentando do meu lado e me olhando preocupado. começamos a comer em silêncio, carlos puxava uns assuntos aleatórios enquanto só minha mãe respondia como se estivesse tudo bem.
carlos: eu gostaria de pedir perdão pelo jantar de ontem, não deveria ter falado daquela forma com você. --- ele me olhou, engoli o seco.
eu conhecia aquele cara pouco mas o suficiente pra saber quando ele estava mentindo e sendo falso, e essa hora ele estava. minha garganta estava seca então precisei tomar o suco ali rapidamente.
mariana: não consigo te perdoar. --- falei fazendo ele me encarar.
carlos: o que você quer? é dinheiro? um celular novo? roupa? --- perguntou com uma expressão brava.
mariana: você acha que pode me comprar? --- larguei os talheres no prato fazendo todos me olharem.
carlos: não é o que você é? uma garota mimada? --- arqueou a sobrancelha e eu ri nervosa.
mariana: não acredito que tô ouvindo essa merda. --- neguei. ---- você tá ficando doido?
carlos: eu exijo respeito! --- levantou autoritário e deu um soco na mesa, lucas levantou também encarando ele.
parece que a coisa ali pioraria bem mais...
YOU ARE READING
entre fumaças
Romancetemos que viver como se fosse o último dia de nossas vidas, porquê amanhã pode mesmo ser o último.