33. Alice.

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- Hsjbejns... - Acordo com o som distante da voz de Dievon falando palavras que por uns segundos meu cérebro define como incompreensivas. Me movo lentamente, grunhindo um "o que?" - AJDNC!

- O quê? - Abro meus olhos lentamente, os coçando. - Hm?

- Ih! - Dievon solta uma risadinha engraçada. - Parece que você desmaiou completamente. Vamos, levante, já chegamos.

- Chegamos? Onde? - Questiono, completamente perdida. Tento encontrar, porém meus olhos só enxergam o nada, ou melhor, a escuridão parcial que está no carro e no mundo à fora. Olho ao redor e ainda não vejo Dievon, acho que estou de costas para ele, o que significa que ele está do lado de fora do carro, mas nada, nem mesmo a escuridão e a parede de tijolos que percebo na frente e na lateral do carro explicam o porquê de eu estar sentindo um forte cheiro de xixi no ar. Que lugar é esse? - Onde estamos?

- Saia do carro e você verá. - Recebo a resposta assim que me viro para trás e vejo Dievon ali, fora do carro parado com as mãos nos bolsos me encarando com o rosto dotado de uma expressão bem pacífica e bonita. - E antes que pergunte, sim, você dormiu muito e já é bem tarde. Não se preocupe com o Stefan ou Damon, avisei que saímos em uma viagem de treinamento.

- Tão de repente? Damon vai desconfiar, eu praticamente fugi de todo mundo pela manhã. - Coço minha cabeça. Dievon dá de ombros.

- Eles não sabem onde estamos, então o que ele vai fazer? Caçar você pelo mundo?

- Isso seria bem tóxico.

- Damon é bem tóxico às vezes, mas você já sabia disso. - Dievon cruza os braços.

- Não me lembro, mas obrigada por alertar. - Passo minhas mãos em meu rosto novamente, na esperança de que meu sono da beleza não tenha me rendido tantas ou nenhuma remela.

Não me recordo ao certo que horas eu acabei adormecendo no carro. Eu me lembro mais ou menos de como meu sono foi: calmo e relaxante; mas por algum motivo, estou coberta com a jaqueta de Dievon, que inclusive, tem um forte cheiro de baunilha. Ele sempre teve esse cheiro?

- Você vem? - Ele pergunta, me dispersando do cheiro de baunilha.

- Hm? - Olho para ele, cheirando a jaqueta na cara de pau. - Você sempre teve esse cheiro?

- Uhum. - Ele me observa, calmo.

- Por que baunilha?

- Por quê não baunilha?

- Porque é um cheiro bem fofo comparado ao que você é. - Sorrio, dando mais um cheiro antes de Dievon tirar a jaqueta dele de mim e vestí-la.

- De novo querendo dizer quem sou? - Ele pergunta, ajeitando os cabelos bagunçados. Faço uma careta, ele está certo. - Vem, vamos logo. Vamos comprar umas roupas para você primeiro, aqui está frio.

Meu corpo instantâneamente sente frio ao ouvi-lo mencionar isso.

- É verdade... - Abraço a mim mesma, pegando minha bolsa e saindo do carro. - Você não pode me fazer umas roupas mágicas confortáveis? Aqui terei que usar uns quatro casacos e umas três blusas.

- Olha, eu posso. - Ele me olha, convencido. - Mas eu não quero. - E assim, fecha a porta do carro, ligando o alarme.

- O quê? Mas por quê? - Olho ele com cara de cachorrinho pidão.

- Porque não atravessamos o país para você ficar dependente dos meus poderes! - Ele dá um peteleco na minha testa, o que dói bastante!

- Ei! - Toco minha testa, fazendo cara de dor.

Alice Kim: A Herdeira de Mystic Falls.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora