36. Alice.

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- Sério que você fez aquilo? - Pergunto rindo ao Dievon, me referindo ao comentário que ele fez aos garçons enquanto estávamos no restaurante

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- Sério que você fez aquilo? - Pergunto rindo ao Dievon, me referindo ao comentário que ele fez aos garçons enquanto estávamos no restaurante.

- O que foi? - Ele questiona, também rindo, enquanto me olha. Ambos estamos deitados lado a lado no gelo, a pista de patinação no Central Park que as pessoas sempre visitam em tempos de inverno para se divertirem. No entanto, agora está vazia, ocupada apenas pelos nossos dois corpos e lotada de marcas feitas pelos nossos patins que combinam. Patinamos bastante depois do nosso jantar, e eu não sei porquê,  mas Dievon ficou muito mais radiante de lá para cá. Talvez essa cidade lembre mesmo ele de tempos bons, mas, quais?

- Ah, eu não sei, só não acho que falar que era para ser o dia do nosso casamento só para não ter que pagar a comida seja algo muito legal. - Relembro. - E ainda por cima explicar que todo o casamento foi arruinado.

- Mas, deu certo. - Ele sorri, travesso.

- Tivemos que ficar com caras mufinas durante todo o jantar! - Jogo um pedacinho de gelo na cara dele.

- O jantar que não pagamos. - Ele se limpa.

- Você tem dinheiro infinito, o que isso importa? - Ainda acho muito diferente o fato de Dievon poder ter tudo em suas mãos quando quiser

- O meu ego também é bem infinito. - Ele brinca, em partes.

- Oh, não me diga! - Ironizo, sorrindo para ele. - Obrigada pelo jantar, foi legal, mesmo não sendo o restaurante que você queria me levar.

- Esse vai ser só amanhã, e de nada. Só me incomodou você ter recebido tantas ligações e não ter atendido nenhuma.

Olho para o céu estrelado quando meu sorriso se esvai. Todas as ligações eram de Stefan; nenhuma mais de Damon ou Caroline, o que me surpreende, já que Caroline não gosta de levar vácuos desaforos, ou seja, em uma situação mormal ela iria ligar e mandar mensagens até eu de fato lhe dar uma resposta.

Não atendi nenhuma das ligações de Stefan, nem li e muito menos respondi às suas mensagens, não porquê eu não quis, mas porque não estava e ainda não esteja preparada para conversar normalmente com ele. Se com Damon eu mandei muito mau, imagine com o Stefan, que me fez confiar nele desde o primeiro segundo em que acordei naquele hospital. Eu não gostaria de ser grossa com ele, por mais que eu queira cobrar respostas sobre tudo o que vem acontecendo. Mas, o que me dá mais medo é pensar que ao cobrar uma resposta sincera, Stefan decida contar mais mentiras.

- Estou aqui com você, e não lá com eles... - Respondo Dievon enfim, olhando para o céu bem pensativa. - Vamos ficar só mais um dia aqui e eu lhe dei a oportunidade de me mostrar um lado seu que ninguém mais viu e trocar isso de repente para atender algumas ligações não seria muito agradável. - Olho para ele. - Não é?

- Bom, não. - Ele ainda está me olhando. - Mas e se estiver acontecendo um caos lá? E se alguém morreu?

- Eles estão aliados ao Klaus, então provavelmente estão mais seguros do que nós dois aqui. - Por mais que seja duvidosa a parceria com o Klaus, o que acabei de falar não é uma mentira. Se Klaus estiver vendo utilidade em mim ou em meus amigos, ele vai fazer o impossível para garantir que todos estejam seguros e façam ele chegar onde ele quer; se Klaus chegar onde quer, aí sim talvez todos estejam desprotegidos, mas por hora, esse não é o caso, ou Damon mesmo havia que contado naquela ligação.

Alice Kim: A Herdeira de Mystic Falls.Onde histórias criam vida. Descubra agora