07. Damon.

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Porra, porra, porra! Não acredito que eu fui tão idiota daquele jeito, o que aconteceu comigo? Deixar a Elena beber de mim e ainda por cima fazer ceninha na frente da Alice?! Isso tá errado, isso tá muito errado, mas eu gosto. Mas que porra que tá acontecendo comigo?!

Minha mente está alterada desde que Alice acordou naquele hospital sem memórias, sem saber quem sou ou sem saber onde estava. Ver ela naquela cama mexeu comigo de uma forma horrível e eu nunca desejo isso para ninguém. Ver ela me olhar confusa, sem sentimentos, sem reconhecimento foi algo que me deixou transtornado. Ainda deixa, porque ela ainda me olha no mesmo jeito e tudo isso só piorou quando eu vi os olhinhos assustados que antes dilatavam o amor dela por mim. Merda, eu fiz besteira de novo. Eu vi o nojo no olhar e ouvi ele em sua voz também, a voz que antes cantava lindamente, reproduziu um som de indignação, raiva e nojo para mim, tudo porque eu fiz um papel de idiota.

Eu sabia que ela estava no bar, sabia que ela nem estava notando minha presença por conta daquele garoto desgraçado que apareceu e fez a minha Rosa do Deserto sorrir para ele. Merda. Eu ouvi a conversa deles, ouvi tudo, tudo. Ele deu o número de celular dele para ela, será que ela vai ligar? Com certeza ela vai ligar. Merda, merda, merda! O que eu posso fazer agora? Prometi ao Stefan que iria manter distância dela, mas eu não consigo. Tem algo nela que sempre me puxa mais e mais para a mesma direção que ela está seguindo, não importa qual seja e nem importa se ela decidir mudar a direção de uma hora para outra, eu preciso dela.

Ela é a única capaz de me fazer esquecer de mim mesmo, mas é a única capaz de também fazer eu me sentir mais Damon Salvatore, e não apenas um vampiro egoísta. Eu sei que sou egoísta, sei disso, mas ela tem algo que me faz ser muito melhor do que isso. Eu quero ser melhor para ela, eu quero, mas não posso fazer isso junto dela.

- Eu já disse um milhão de vezes que não fui eu quem explodiu a porcaria do Conselho! - Grito durante uma ligação no celular com o Joseph, pai do amor da minha vida. - Por quê você não pode simplesmente acreditar disso?

- Bom, digamos que depois de você tentar matar a Rebekah, o Matt e ainda quebrar os dedos da minha filha que por acaso é sua ex namorada, talvez Damon, eu realmente não deva confiar em você! -  Ele retruca, no mesmo tom que o meu. Recebi milhões de mensagens dele durante a noite, me avisando para ficar longe da filha dele se o meu objetivo não for fazer ela feliz.

- Ah, fala sério, Joseph! São águas passadas e tanto a Rebekah quanto o Matt mereciam! - Debocho.

- Tá, mas enquanto a Alice?! - Ele retruca novamente e isso me faz parar de andar pelas ruas de Mystic Falls. - Ela merecia voltar chorando pra casa? Merecia voltar morrendo de dor ou passar a noite inteira dando pequenos gritos de dor ao deitar em cima do dedo dela sem querer? Me diz Damon, ela merece as suas grosserias?

Isso me faz ficar em um longo silêncio do meu lado da linha. Ele está certo, Alice não merece nada disso. Mais uma vez eu fiz merda. Parabéns, Damon!

- Você só me ligou para jogar todas as merdas que fiz na minha cara? - Pergunto com um tom um pouco mais baixo do que o anterior.

- Por incrível que pareça, esse era o meu plano inicial. - Joseph diz com uma entonação debochada. - Mas agora que já estamos aqui, vou te dar esse voto de credibilidade e te tirar da lista de suspeitos de "Quem realmente explodiu o Conselho". Você tem um tempo antes do enterro?

- Depende, por quê? - Volto a andar.

- Talvez você possa me ajudar a encontrar o verdadeiro culpado. - Ele diz. "Que fofinho", minha mente debocha. - Estive na fazenda hoje e encontrei alguns rastros dentro da casa enquanto Liz fazia uma ronda pelo lugar. Não foi um simples vazamento de gás, alguém realmente quis assassinar os membros do Conselho.

Alice Kim: A Herdeira de Mystic Falls.Où les histoires vivent. Découvrez maintenant