11. Alice.

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Após todo aquele tempo com Damon no trailer do tal caçador, decido ir para a minha casa, mas não para dormir como ele me disse, e sim para procurar o suposto grimório da minha família que o Sr. Salvatore mencionou para mim.

Volto para casa de carro. No meu carro.

Não consigo esquecer as mãos dele no meu rosto... O jeito que ele me olhou, me observou e falou comigo, tão carinhoso e... Preocupado. Damon faz coisas assim comigo desde o hospital... Coisas como mexer com os meus sentimentos, fazer o meu coração querer pulsar mais forte. Não sei o que é isso, não sei se é charme ou se eu sinto algo por ele, como uma quedinha sei lá. Ele é bonito e no fundo, sei que ele pode ser melhor do que aparenta ser, mas ainda assim... Não sinto que seja isso.

Será que Damon é assim com todos ou só comigo?

Bom, ele com certeza é assim com a Elena... Os dois compartilham até sangue agora!

Stefan me contou sobre a importância e relevância que um vampiro se alimentar do outro tem para ele e nossa! Damon e Elena calcularam muito feio com o pobre Stefan...

Sei que não sou ninguém para dizer algo sobre isso é muito menos reclamar, mas eu também fiquei meio decepcionado com o que eu vi naquele dia... Damon e Elena juntos, não sei, para mim não é um bom sinal. Imagino como deve ser ao Stefan.

Embora meus pensamentos estejam voltados ao Damon, Stefan e Elena, é um trajeto tranquilo de volta para a minha casa; sem caçador, vampiros, Dievon, sem mãe... Mãe... O que ser a que vai acontecer quando eu a encontrar? Ou melhor, quando ela me encontrar. Se por acaso isso vier a acontecer.

Espero que não aconteça.

Entro na minha linda casa e percebo que a porta não está trancada, então, meu pai está aqui.

— Pai, voltei! — Chamo ele assim que entro e logo ponho minhas chaves no chaveiro da parede.

— Estou na cozinha! — Meu pai grita de volta e logo vou até ele. Ele não está cozinhando, não sinto cheiro de nada... Ele está no celular.

— Oi! — Cumprimento ele com um beijinho na bochecha. Ele tem bochechas macias, é engraçado.

— Oi, tudo bem? — Ele pergunta sem tirar os olhos da tela. — Como foi lá?

— Ah, tudo bem, foi só mais uma manhã normal em Mystic Falls com o Damon preso em uma bomba dentro do trailer do caçador. — Respondo, ficando escorada no balcão assim como meu pai.

— Sério? — Ele me encara e eu faço que sim com a cabeça em resposta.

— Eu consegui ajudar, mas assim que terminei, Damon me mandou voltar pra casa.

— Você o escutou?! — Meu pai ri. — Quase ninguém faz isso. — Faz sentido.

— Bom, eu também vou porque eu tenho uma coisa importante para procurar. — Olho para o meu pai apenas de relance. — Damon me contou sobre um grimório de família que talvez possa me ajudar com o meu treinamento... Você sabia?

Ele faz que não com a cabeça.

— Não sei muito sobre os Collins... Quando me casei com a sua mãe, eu ainda não sabia sobre os poderes, nem mesmo sobre os poderes das mulheres da família Kim... Elizabeth e Linda mandaram você para um outro mundo sem eu saber de nada e eu só sei disso agora porque o Stefan me contou quando descobriu que eu morri na sua outra realidade.

— Ainda fico muito confusa com essa história inteira de outra realidade. — Digo sinceramente. — Stefan tentou me explicar como tudo funcionou, e até conseguiu um pouco, mas...

Alice Kim: A Herdeira de Mystic Falls.Onde histórias criam vida. Descubra agora