• Quatro •

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Borges

Acordei com alguém me sacudindo de um lado pro outro.

Mercedes: Levanta daí Darlysson.- Abri os olhos vendo minha vó me encarar.- Busca o pão la pra sua vea' filho.- Dei risada vendo a carinha dela.

Eu: Marca dez coroa.- Sentei na cama passando a mão no rosto.

Ela saiu do quarto fechando a porta. Não fazia a menor ideia de quantas horas eram. Levantei indo até o guarda-roupas, peguei uma bermuda e um camiseta qualquer.

Me vesti e sai do quarto indo pro banheiro. Mijei, lavei as mãos e o rosto saindo de la.

A padaria era na rua aqui de casa, sem necessidade de eu tirar o carro da garagem a essa hora. Peguei minha carteira e sai sem avisar.

Caminhei recebendo os olhares curiosos. Reconheci alguns vizinhos cumprimentando com um sorriso fraco apenas.

Antônio: Mas menino, quanto tempo!- Olhei pro senhor sentado na porta de casa.

Eu: Ta bom seu Antônio?- Parei olhando pra ele que me analisava com o olhar.

Antônio: To bem filho.- Sorriu fraco, balancei a cabeça em positivo e continuei meu caminho.

Entrei na padaria passando direto pelo caixa e segui até o balcão, aguardei na fila pequena que havia se formado. Fiz meu pedido assim que chegou minha vez.

Eu: Valei chefe.- Agradecia pegando o saco de pão da sua mão.

Fui até o freezer pegando duas bandeja de mussarela e outras duas de mortadela. Segui até o caixa vendo uma morena que não me parecia estranha.

Eu: Bom dia.- Ela levantou o olhar e antes mesmo de me responder cobriu a boca com a mão me olhando assustada.- Ta tudo bem?

Xxx: Darlysson!- Se inclinou sobre o balcão me abraçando pelo pescoço.

Encarei ela assim que me soltou, tentando me lembrar de quem se tratava.

Xxx: Sou eu, Natália.- Sorriu mostrando o aparelho.

Eu: Natália do seu Luís?- Perguntei olhando em seus olhos.

Natália: Eu mesma, em carne e osso.- Sorri de canto.

Eu: Ta diferente demais.- Analisei ela por completo.

Natália e eu tivemos um caso, mas isso quando a gente estudava. Se eu me lembro bem ela é uns dois anos mais nova do que eu.

Natália: Isso é bom ou ruim?- Perguntou mexendo no cabelo.

Eu: Bom até demais.- Sorri reparando nela novamente.- Deu quanto ai?- Perguntei me referindo ao pão.

Natália: 16,30.- Entreguei uma nota de vinte pra ela que me passou o troco.- Foi bom te ver.- Sorriu.

Eu: Digo o mesmo.- Sorri de volta saindo da loja.

Segui pra casa. Entrei indo direto pra cozinha aonde minha vó passava o café e meu irmão mexia em alguns papéis. Reparei que ele estava com uniforme de um hotel.

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