Valeska

• Trinta e Três •

Borges

Dou mais uma olhada na foto que a Valeska me mandou a alguns minutos. Fiquei cheio das vontades, tomei foi logo um banho gelado.

A ruiva veio cheia de graça comigo, mas nem dei muita ideia. Não vou mentir que sente vontade de ficar com ela, mas to na intenção da preta.

Vesti uma bermuda jeans com uma camisa rosa claro, calcei a havaianas branca e joguei as correntes no pescoço.

Hoje era o dia que o Fernandinho vai se mudar, ela ficou de me mostrar tudo que tenho que ficar de olho.

Apenas o Ryan viria comigo. Rogério tem outras coisas pda resolver. Coloquei a pistola na cintura cobri com a camisa.

Mercedes: Já vai sair de novo meu filho.- Olho pra ela sentada no sofá enquanto assiste algo na televisão.

Eu: Tenho umas coisas pra resolver. - Me aproximo depositando um beijo em sua testa.

Mercedes: Juízo garoto.- Sorri.

Sai vendo Ryan montado na moto vermelha.

Pica-Pau: Demora do caralho, tava batendo uma? - Dou um tapa na cabeça dele.- Ai viado.

Eu: Tu que veio cedo vacilão.- Pego o capacete colocando na cabeça e subo na moto segurando na parte de trás.

To ligado que esse maluco só anda voando nessa moto.

Ele estaciona em frente a mesma casa que viemos da última vez. Desço da moto tirando capacete e ja vou tocando campainha.

Xxx: Podem entrar.- Dessa vez uma loira nos recebe.

Fernandinho: Sejam bem vindo meninos.- Sorri erguendo o copo de whisky.- Não liguei pra bagunça, estou organizando as últimas coisas.

Olho pra sala com algumas caixas cheia e outras vazias.

Eu: Vai querer ajuda pra levar as coisas? - Pergunto olhando pra ele.

Fernandinho: Não, não se preocupe com isso.- Faz gestos.- Tem um caminhão chegando pra buscar.- Assinto.- Venham comigo.

Entra por um corredor e em segui em uma sala que tinha uma mesa ao centro, outra no canto com um computadore alguns monitores.

Fernandinho: E daqui que eu trabalhava.- Entro na sala olhando tudo.- Essas são as câmeras de segurança da casa.- Aponta para o primeiro monitor.- Aqui da principal boca.- Olho alguns moleques em um beco que não faço a menor ideia de onde seja.- Tem de outros pontos que nossos meninos fazem a venda, mas alguns não.- Faz careta.- Sempre deixo os de mais confiança em pontos cego.

Pica-Pau: Vamos ter que ficar de olho nessa merda toda?- Encaro Fernando me perguntando a mesma coisa.

Fernandinho: Não, só se caso precisarem de algo.- Balanço a cabeça concordando.- As gravações só ficam por uma semana, em caso de invadirem esta casa taquem fogo na sala.- Aponta pro canto onde tem un galão azul.- Gasolina ta ali pra isso.

Eu: Isso vai foder com a casa toda.- Falo no impulso.

Fernandinho: Sem problemas, essa casa tem prova das mais diversas coisas. - Olha pra mim e em seguida pro Ryan que passa a mão no rosto.

Conversamos sobre outras coisas, como por exemplo sobre as mercadorias, como eram repassada para os pontos. E varias outras coisas pequenas.

Fernandinho: Você.- Aponta pra mim.- Vai precisar morar aqui, quero minhas coisas seguram. Se preferir os meninos podem vir contigo.- Vejo Ryan sorrir.

Eu: Onde fica a lista de todos que trabalham com você?- Pergunto imaginando que não vou gravar nome de todo mundo.

Fernandinho: Aquele armário de arquivo com a vida de cada um, até a cor da cueca que ta vestindo.- Aponta pro armário no canto da sala.- Tem que manter essa casa o mais seguro possível, nada de trazer quem não confia pra ca.

Eu: Pode deixar chefe.- Sorrio vendo ele sorri e assentir.

Fernandinho: Preciso ir, minha garota está esperando.- Se levanta e eu vou com ele até a sala.

As caixas não estão mais aqui, somente a loira sentada no sofá enquanto mexe no celular.

Xxx: Vamos meu amor? Você prometeu me levar pra jantar no meu restaurante favorito.- Se levanta dando um beijo nele.

Fernandinho: Vamos sair agora.- Ela sorri.- Lembra que estou de olho em você.- Me entrega um molho com as chaves de tudo nessa casa.

Acompanhamos eles atéa saída, ele entrou em sua sw4 preta e saiu cantando pneu rua acima.

Pica-Pau: Caralho, temos a casa toda pra nos.- Levanta as mãos pra cima entrando na casa.

Ficavam quatro segurança aqui, dois aqui dentro e dois la fora disfarçados. Tinha uma escala entre alguns de mais confiança do Fernando.

Eu: Se tu fizer merda aqui eu arranco tua cabeça.- Aponto dedo pra ele que levanta as mãos em sinal de rendição.

Pica-Pau: Vou trazer minhas parada pra ca hoje.- Esfrega as maos.

Eu: Rogério ja voltou da missão dele.- Olho pra mensagem que ele acabou de enviar e vejo uma da Valeska logo abaixo.- Vamos embora.

Troco algumas palavras com um dos segurança que é o que manda nos outros e monto na moto.

Descemos na casa do Rogério, mas logo eu fui pra minha casa e Ryan pra dele organizar as coisas para voltarmos pro trabalho.

Rogério disse que vai ficar por aqui mesmo.

Não faço a menor ideia do que inventar pra contar pra minha vó que vou sair de casa. To ligado que não importa o que eu fale ela vai ficar desconfiada. E o Pedro também.