Valeska

• Cinquenta e Dois •

Borges

Acendo um baseado olhando a casa da senhora que estava servindo pra observar nossa casa.

Passei os últimos dias planejando com fazer isso parecer um acidente. Cada detalhe, e iria fazer isso essa noite, pra quando o dia amanhecer a notícia ja ter estourado.

Desço as escadas vendo Rogério e Ryan na sala.

Tiramos quase tudo daqui, inclusive vários arquivos daquela sala. Deixamos apenas alguns que não indicavam nada.

Fernandinho está bem ciente do meu plano, deu as coordenadas para onde deveremos transferir a base.

Eu: Tudo certo pra hoje? - Pergunto vendo Th ao lado do Lipão, são os únicos que sabem o que vai acontecer e os únicos que estão na guarda hoje.- Vamos sair assim que a chama subir.

Lipão: Porra Borges, e se isso não despistar eles?- Os dois me olhando.

Eu: Pelo menos tentamos alguma coisa- Faço toque com os dois e volto pra dentro da casa.

Rogerinho: Se ta ligado que pra isso aqui parecer real vai ter que ter pelo menos uma vítima né?- Encaro ele.

Pica-Pau: Não sei vocês, mas não to afim de morrer hoje não.- Levanta as mãos em sinal se rendição.

Eu: Tem um dos deles que ficou pra trás.- Os dois me olham confusos.- Tive tempo suficiente pra rastrear mais um.

Mostro o print da camera que tirei a alguns dias, onde mostra caju acompanhado de um dos nossos.

Pica-Pau: E como sabe que ele ta no erro também? -Cruza os braços.

Eu: Foi ele que deu a localização da Valeska aquele dia.- Tiro um celular do bolso e entrego pra eles aberto na conversa entre os dois.

Rogerinho: Rato é rato pra sempre.- Encaro ele que ri.- Sabe que te amo né negão.- Bate a mão no meu ombro.

Eu: Quando der meia noite eu quero essa casa encharcada de gasolina.-Ambos assente.- Os dois vão na frente, Th e eu vamos ficar até as chamas subirem.

Rogerinho: Uma pergunta.- Levanta o dedo colocando sobre a boca em seguida.- Tu vai matar o pau no cu queimado?

Eu: Acidente.- Dou de ombros vendo os dois sorrirem.- Já foi convocado pra reunião.- Digo olhando pra mensagem do Lipão avisando que o cara havia chegado.

Caminho até o quintal e vejo Lipão conversando com o tal 2p.

2p: Boa noite chefe.- Faço toque com o mesmo.

Eu: Fica na ativa ai.- Faço sinal pro Lipão que assente e sai da casa.- Acho que começamos mal aquele dia.- Aperto seu ombro o guiando pra dentro da casa.

2p: Po, se ta ligado como é quando mexe com a mina da gente.- Aponto pra cadeira em frente a mesa de jantar.

Eu: Sei como é.- Travo o maxilar lembrando do que fizeram com a Valeska.- Te chamei aqui pra uma conversa de homem pra homem.- Coloco o celular dele sobre a mesa, ele olha o aparelho e depois me olha.- Tem alguma coisa que gostaria de falar? - Observo sua expressão e suas mãos soarem sobre a mesa.