Deus, Lauren não podia acreditar até onde ela estava disposta a ir para garantir o contrato deste livro. Esta foi possivelmente a coisa mais embaraçosa e humilhante que ela já fez.
Ela espiou pela porta de vidro da joalheria.
O Sr. Watson estava atrás do balcão, polindo um anel ou alguma outra joia.
Lauren respirou fundo e ergueu a mão para bater no vidro.
Os dedos de Camila envolveram sua mão.
— Você tem certeza de que quer fazer isso? Posso ver o quão desconfortável isso te deixa. Podemos dizer ao editor de aquisições que acidentalmente deixei cair meu anel pelo ralo ou algo assim.
— Ah não. — Lauren balançou a cabeça com firmeza. — Essa é a desculpa mais antiga da história. Noventa por cento dos meus pacientes a usam para explicar por que não usam mais a aliança de casamento.
— Então, dizemos a elas que decidimos não usar anéis porque não queremos copiar ideias heteronormativas de como deve ser um noivado.
— Mas e se a editora gostar dessas ideias heteronormativas?
Camila olhou para ela com uma expressão impotente.
— Então nós vamos... hum...
— Tudo bem. — Lauren virou a mão e apertou levemente os dedos de Camila. — Agradeço que você queira me poupar do constrangimento, mas não acho que haja uma maneira de contornar isso. Precisamos de um anel, e o Sr. Watson é o único joalheiro que conheço que estaria disposto a abrir mais cedo para mim. — Lentamente, Camila acenou com a cabeça e retirou a mão.
Lauren imediatamente perdeu seu calor reconfortante. Ela fechou a mão em punho e bateu.
O Sr. Watson ergueu os olhos. Um sorriso apareceu em seu rosto. Ele cruzou a sala e destrancou a porta. Ao abri-la, um sino tilintou.
— Bom dia, Dra. Jauregui. Bom te ver de novo.
Lauren gostaria de poder dizer o mesmo.
— Obrigada por abrir mais cedo para nós. Eu não teria ligado para você, mas temos um avião para pegar.
— Sem problemas. — Ele os deixou entrar na loja com arcondicionado. — Como estão seus pais?
— Eles estão bem, obrigada. Mas se você puder, por favor, não mencione esta visita a elas...
Ele imitou fechando os lábios.
— O sigilo é um dado na minha profissão, assim como na sua. Mas agora você me deixou curioso. O que te traz aqui? Há algo de errado com o anel que vendi para você em dezembro passado?
— Oh, não, está tudo bem. — Ok, aí veio a parte embaraçosa. Ela endureceu os ombros. — Eu preciso de outro anel de noivado.
— Hum, certamente você quer dizer aliança de casamento, não é?
— Não. Quero dizer anel de noivado.
O olhar do Sr. Watson foi dela para Camila e vice-versa.
— Oh.
Não querendo ver o julgamento em seu rosto, Laurene passou por ele até o balcão coberto de vidro. Diamantes, safiras, esmeraldas e outras pedras preciosas cintilavam sob o vidro.
— Que tipo de anel você tem em mente? — Sr. Watson perguntou, sua voz cuidadosamente neutra. — Um solitário ou um cluster? Uma banda de ouro, ouro branco ou platina?
— Ainda não sei. Podemos ver alguns?
— Certamente. — O Sr. Watson destrancou a vitrine iluminada, puxou uma bandeja preta forrada de veludo e a colocou em cima do balcão.
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Opposites
FanfictionO que acontece quando uma psicóloga superdotada com tendências para TOC e uma atriz impulsiva e desempregada começam um relacionamento falso? Lauren Jauregui achava que tinha tudo: uma carreira de sucesso como terapeuta de casais, um contrato de pub...