Desirée faz parte de uma família religiosa e muito conservadora. Ela acaba se apaixonado perdidamente pelo seu professor de matemática, o Miguel.
Os dois vivem uma intensa relação, professor e aluna com muito sexo e tesão.
Mas ela ver o seu mundo mu...
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As vezes é nos momentos que mais precisamos que conhecemos o caráter de alguém.
Fiquei em choque depois que o Miguel saiu, o meu chão desabou. Me questionava se o que ele foi comigo nos últimos meses, havia sido um tremendo engano.Sua reação não era a que eu esperava, confesso que fui pega de surpresa. Ali percebi o quanto eu era inocente, mas eu não ia deixar barato, eu precisava confrontá-lo.
Me levantei, passei a mão no rosto limpando as lágrimas e sai. Encontrei ele enfrente a biblioteca, para minha surpresa falando com a Lucinda.
— Professor preciso falar com o senhor urgente! — minha voz saiu trêmula.
— Já conversamos DESIRÉE!
— Acho melhor conversarmos mais um pouco, se não vou ter que ir na diretoria! — falei em tom de ameaça.
Ele virá para Lucinda que nos olhava com cara de espanto e sem entender nada.
— Depois conversamos sobre sua aula de reforço Lucinda, pode ser?
— Claro professor! — ela sai olhando para trás com uma expressão não muito amigável .
Ele abre a porta do carro e manda eu entrar, sua face estava repleta de irá. Não tive medo e entrei, ele saiu no carro queimando pneus, e parou logo a frente perto de uma praça. Virou para me sério e disse :
— O que você quer? Dinheiro?
— Não Miguel, eu quero você! — meus olhos ficaram marejados, mordi o lábio para não chorar.
— Não existe mais eu e você DESIRÉE. Eu admito que errei em ter dito que o filho não é meu. Mais eu não vou assumir você, somente a criança.
— Mais Miguel…
— Mais nada— ele me interrompe frio e seco— eu sou casado DESIRÉE e já tenho três filhos!
— Vo… você é casado? Então você me enganou esse tempo todo,e as suas palavras de amor?
— Eu nunca te prometi nada, nunca falei que casaria com você ou que eu era solteiro, eu pensei que você era acostumada!
— Acostumada se foi você que tirou minha virgindade!
— Será que foi eu mesmo? Você poderia estar menstruada e mentiu para mim, dizendo que era virgem. Que eu me lembre, você não teve reação nenhuma. Me deixe em paz!
Olhei para o Miguel e não acreditei no que ele falou. Não consegui emitir uma só palavra, fiquei estático e sem ação ao perceber o quanto fui tola em acreditar nele, ele continuou falando, mas eu não conseguia entender uma palavra. O som da voz se repetia na minha cabeça "casado" "três filhos". A minha vontade era de morrer.
Abri a porta do carro e sai caminhando sem rumo, ele passou por mim, falou comigo mas era como se eu não estivesse ali, minha mente e o coração estavam em um estado catatônico, apenas o meu corpo andava, eu não sentia as minhas pernas se movimentando.
