Desirée faz parte de uma família religiosa e muito conservadora. Ela acaba se apaixonado perdidamente pelo seu professor de matemática, o Miguel.
Os dois vivem uma intensa relação, professor e aluna com muito sexo e tesão.
Mas ela ver o seu mundo mu...
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(...)
Acordei cedo como sempre, antes de todos; pelo menos foi o que eu pensei.
Tomei o meu banho rápido, estava quase atrasada. Quando entrei no quarto a Stefy estava acordada com um sorriso de canto a canto.
— O que foi? Tá me olhando esquisito porquê? —indaguei.
— Tá com amnésia é? — ela senta na cama mordendo o lábio.
— Foi só um sonho — falei enquanto me vestia rápido — preciso ir se não vou me atrasar.
— Tá bom — ela fala com voz manhosa — quero repetir aquele sonho viu, de preferia um pouco melhor.
Parei na porta do quarto, olhei para ela e disse:
— Tá bom, só não judia muito — ela sorri, colocando o dedo na boca.
Desci as escadas rápido e me deparei com o Mauro na porta, parecia que estava me esperando.
— Eu também já estou indo, vamos ? Eu levo você!
— Não precisa, eu pego o ônibus.
— Que nada DESIRÉE— fala a dona Rita saindo da cozinha com uma xícara de café na mão — aceita a carona você chegará mais rápido, e é caminho do Mauro mesmo, né amor? — ela dá um beijo nele, em seguida ele abre a porta para mim como se fosse um cavaleiro.
— Até mais tarde, dona Rita.
Ela sorriu para mim, dando tchau com a mão, montei na moto sabendo que ele iria tentar algo ou falar alguma coisa. E eu estava certa, assim que nos afastamos do bairro, ele começou puxar assunto comigo.
— Como está a gravidez? Você está bem? Quando vai iniciar o pré natal?
— Eu estou bem, obrigado por perguntar. Ao irei iniciar o pré natal após os noventa dias de teste no hotel, porque aí eles vão assinar a minha carteira e não vão poder me tirar quando a barriga aparecer — falei pegando o celular da bolsa e colocando no gravador de voz.
— Garota esperta — ele me olha pelo retrovisor com um sorrisinho no rosto.
— Preciso ser — cerrei os olhos na direção do retrovisor.
— Sabe, eu fui dormir tarde ontem — ele estreitou os olhos.
— Hum — franzi a testa e inclinei um pouco a cabeça — E?
— E, que eu passei na frente do quarto da Stefy. E, acabei vendo algo delicioso. Não sabia que você cortava dos lados — ele me olhava com sarcasmo.
Permaneci calada.
— Devo confessar a você. Estou lhe desejando desde o primeiro dia que vi você deitada na cama. Sua pele, seu cabelo ruivo, seus olhos, sua boca tem um cheiro de safadeza.
— E agora safadeza tem cheiro é? não sabia, essa é nova pra me — mostrei desdém com o que ele falava.
— Você tem um cara que gosta de homem de pau grande e grosso. O meu é bem grande, e ele tá doido pra entrar na sua buceta gostosa. Quero fazer você gozar como nunca, tenho certeza que você nunca vai esquecer.
— Você não tem vergonha não? Eu tô grávida , e você é marido da mãe da minha amiga, e mesmo que não fosse, com você eu não ficaria jamais. Para a moto, eu vou andando.
— Eu gosto dessas que são difíceis e brabas. É mais gostoso, quando a mulher não quer. Tenho maior vontade de fuder uma gravidinha, dizem que fica apertado, eu quero experimentar.
— Eu não sou comida, pra você falar que quer " experimentar". Respeite a sua mulher, e me deixe em paz, se não a dona Rita vai conhecer o verdadeiro marido dela — mostrei a tela do celular.
— Sua vadia, você tava gravando? — ele parou a moto — Me dá esse celular agora ! — ele tenta pegar o aparelho da minha mão.
— Mesmo que peguei o meu celular, já enviei o áudio para o e-mail de um amigo, para ele salvar em um pen drive — blefei — obrigado pela carona !
Ele saiu cantando pneu de raiva. Entrei no hotel, e meus olhos procuravam o Davi.
— Ele não tá no hotel? — João falou mexendo no computador.
— Oi? Não entendi!
— O senhor Miguel está viajando a negócios, e só volta daqui alguns meses — ele fala sem tirar os olhos do computador.
Pelo jeito o que ele tava fazendo era bem mais importante que olhar para mim enquanto falava . Eu até quis falar algo, mas achei melhor ficar calada e fui me trocar.
Enquanto abotoava o uniforme do hotel, me lembrei que havia dito para o Mauro, que eu não tinha falado da gravidez na entrevista. Assim como eu poderia usar o áudio contra ele, ele também poderia usar a minha gravides para me prejudicar.
