Desirée faz parte de uma família religiosa e muito conservadora. Ela acaba se apaixonado perdidamente pelo seu professor de matemática, o Miguel.
Os dois vivem uma intensa relação, professor e aluna com muito sexo e tesão.
Mas ela ver o seu mundo mu...
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A minha ultrassom estava marcada para sexta-feira, então avisei na quinta que faltaria o primeiro turno por conta da ultrassom.
Levantei cedo, tomei um café reforçado, afinal eu iria enfrentar uma fila e ficar horas em pé. Não sei se vocês sabem como funciona o SUS, acho que sim, então não vou entrar em detalhes.
Seu Alfredo me deixou na clínica que tinha convênio com o SUS, entrei falei com a moça, entreguei as informações necessárias, e me sentei, até o presente momento já haviam oito gestantes na minha frente.
Algumas sozinhas igual a mim, e outras acompanhadas com o parceiro, outras com a mãe.
"Se eu tivesse falado pra minha família, eu não estaria passando por isso sozinha" pensei .
Senti um aperto no coração, e uma vontade de chorar me consumiu, me levantei e fui para o banheiro e lá dentro trancada eu desmoronei. A minha família, tinha notícias de mim porque eu ligava, mas eles só sabiam o básico, eu sempre falava que estava bem.
Algumas vezes o Daniel perguntava se eu já estava instalada em um lugar só meu, perguntava sobre emprego e eu falava sempre a mesma coisa " tem paciência quando tiver na hora eu te aviso". E assim eu fui enrolando todos.
O atendimento começou às oito e meia da manhã, sendo que papel estava marcado para às sete horas. Mas, eu já estava lá, o jeito era aguardar.
Queria ligar para alguém, mas quem? A Stefany não falava mais comigo e nem eu com ela; a Dona Rita trabalhava; Dona Marta já era idosa; seu Alfredo ocupado; o Davi não era mais que meu chefe; o Miguel tentou matar o primeiro filho; minha família não sabia do meu deslize, resumindo estava sozinha.
Já ia guardar o celular quando ele vibrou, olhei era o Daniel:
— Iai pai do ano, que milagre você ter me ligado uma hora dessas — falei toda empolgada.
— Tô na clínica com a Amanda, hoje vou saber o sexo do bebê — notei a voz dele trêmula.
A Amanda e eu estávamos grávidas ao mesmo tempo, com diferença de pouco dias apenas, e o ouvir que o Daniel estava sendo um pai exemplar me deixava feliz.
— Tá nervoso né?
— Há! Com certeza hoje vou saber se vai ser menina ou menino.
— E você quer que seja o quê?
— Não vou mentir, queria que fosse um menino, mas o que Deus mandar será bem vindo e trará alegria para todos.
— E você?
— o meu eu queria que fosse menina — fiquei em silêncio por um segundo.
— Um dia né DESIRÉE? ( Claro, claro… respondi ). Mas agora,o que você está fazendo?
