𝕺 𝖘𝖊𝖌𝖗𝖊𝖉𝖔 𝖉𝖊 𝕯𝖊𝖘𝖎𝖗𝖊́𝖊 (Livro 1 )🔞

FLAGRANTE 😳

— Que Porã é essa? — fiquei estática com a cena à minha frente.

No primeiro momento eu não entendia, mas também tudo que ela me falou meses atrás assim que cheguei, começou a fazer sentido.

— Então é ele o cara que você pretende fugir? — Apontei para ele.

— DESIRÉE calma! — ela fala vestindo a roupa. Ele também começa a fazer o mesmo.

— Calma? Como você me pede pra ter calma? Depois do que eu vi — passei a mão na cabeça, enfiando os dedos no meio do cabelo — Como você pode ter feito isso com a sua própria mãe?

— DESIRÉE, a gente se apaixonou — Mauro fala vestindo a blusa.

— Não fala comigo — cerrei os olhos nele —  nenhum de vocês dois. Eu sinceramente não esperava isso de você Stefany. De você Mauro — mirei o olhar nele novamente, dei uma pausa reparei fundo — há de você eu já imaginava, porque desde do início percebi que você era uma cafajeste!

Ficou um silêncio por alguns segundos e quando a Stefany ia falar , a dona Rita entrou.

— DESIRÉE querida, chegou cedo hoje.

— Mais antes tivesse demorado, assim não teria visto o que vi — Meus olhos estavam presos na Stefany.

— O que foi meu bem que você viu?

Eu estava sendo consumida pela raiva e pela dúvida, era um misto de decepção com ódio que estava fluindo dentro de mim, meus olhos encheram de água e começou a cair gota por gota.

— O meu bem. O que foi? O que você viu que deixou você assim tão emocionada? — Dona Rita se aproxima de mim e coloca a mão no meu ombro, as minhas lágrimas não eram de emoção, mas sim raiva.

Stefhany me olha com medo, e malmente ela balança a cabeça em negação, e seus sábios pronunciaram a frase "por favor ".

— Eu, eu — passei a mão no rosto —  vi um mendigo dona Rita, por isso estou assim.

— É mãe, inclusive ela tava falando isso para gente, né Mauro? — ela olha rapidamente para o cúmplice.

— É verdade meu amor — o safado se aproxima da Rita e coloca o braço em volta de sua cintura.

— Vamos jantar, já está pronto, quero todos à mesa, e sem desculpas viu ? — ela aponta o dedo para mim e segui para cozinha, olhei  séria para STEFY e Mauro e fui  para o quarto.

Assim que entrei no cômodo, Stefany entrou também.

— DESIRÉE?

— Nada que você fale para mim, irá justificar você tá transando com o seu padrasto, marido da sua mãe, dentro da casa dela — falei virada de costa para ela — Se você acha que vou compactuar com isso, está enganada.

— Eu me apaixonei por ele!

— Quando isso aconteceu? Antes ou depois de você transar com ele? Faça-me o favor né stefy, ele usou você, te seduziu. Não sei de quem eu tenho mais raiva, se é de você, por ter aceitado isso ou dele por está enganando a dona Rita. Eu acho que ele está enganando as duas, mas vocês são tão cegas que nem percebem.

— Eu sei que o que estamos fazendo é errado, ele vai tomar uma decisão, ele me ama DESIRÉE.

— É? Que bom? Espero que o preço que vocês irão pagar não seja muito alto.

Passei por ela e fui para cozinha jantar, quando cheguei lá me deparei com Mauro beijando a Rita, fico enojada com aquilo. Tive que dar um alerta que eu estava lá vendo aquele ator chinfrim encenar, então tossir.

Devo admitir ele finge muito bem, ficou todo tímido quando me viu, passei por quando fui pegar os órgãos e sussurrei:

— Você deveria ganhar um Oscar — desdenhei.

Peguei os pratos e ajudei a colocá-los na mesa, Stefany mal me olhava nos olhos, sempre desviando para o ponto neutro ou um objeto, colocou os copos e talheres, Mauro com cara de satisfeito pegou as panelas que estavam no fogão e depositou sobre a mesa.

Começamos a nos servir quando eu faço um comunicado:

— Dona Rita quero agradecer a sua hospitalidade esses meses, mas amanhã eu estarei saindo da sua casa.

— Porque DESIRÉE? — ela arregalou os olhos para mim. Stefhany ficou cabisbaixa, mas não teve coragem de perguntar nada.

— Minha carteira foi assinada hoje — falei com um semblante triste .

— Fico feliz por você DESIRÉE, enfim você conseguiu. Mas parece que você não ficou não feliz.

— Eu tô dona Rita. Inclusive eu vim correndo do trabalho para contar para vocês, mas o que eu vi me deixou muito decepcionada. Vocês são como uma família pra mim, e dói muito eu ter que sair daqui.

— Como você vai fazer quando sentir dor ?

— Eu vou dá um jeito dona Rita, eu preciso tomar um rumo da minha vida e seguir meu caminho. Espero que a senhora me entenda e que vá me visitar.

— Claro que eu entendo você, eu sei como é querer ter o seu próprio espaço, vou visitá-la sim, assim que possível . Não queria que você fosse, mas, você sabe o que faz, e já é bem grandinha — ela coloca a mão dela sobre a minha.

Terminamos de jantar e a minha vontade era apenas chorar, sentia uma angústia e também um medo. Não sabia o que iria acontecer, tão pouco onde eu iria ficar.

Ajudei a lavar a louça e limpar a cozinha, Stefany queria falar comigo, seus olhos não negavam, mas eu estava decepcionada com ela. Eu não sou perfeita e estou longe de ser, já cometi muitos erros e um deles foi me envolver com Miguel.

Subi para o quarto e comecei a arrumar as minhas coisas. Peguei o celular para ligar para alguém, parei sobre o contato do meu gerente e cogitei a ideia de falar com o Davi para ele me ceder um quarto no hotel até eu me organizar. Mas hesitei, seria loucura, ele jamais faria isso por mim, eu não sou melhor que ninguém, e também ele teria que ajudar a todos os funcionários quando eles precisassem.

O dinheiro que o meu pai me deu, ajudei nas despesas da casa, não poderia ficar à custa de ninguém, sem contar que precisei tomar os medicamentos da gravidez.

Me lembro quando a minha mãe falava : " quando não é 8 é 80". Agora aquela frase fazia sentido para mim, não imaginava nem de longe que o cara que a Stefy tanto falava estar apaixonada, era o seu padrasto, tão pouco que eu os veria em uma cena extremamente íntima na sala.

Por conta de não pensar nos possíveis contratempos, baixei a guarda, agora estou eu aqui sem saber o que fazer, o meu salário do mês que eu havia recebido já não tinha mais, o que tinha não dava para quase nada.

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