Desirée faz parte de uma família religiosa e muito conservadora. Ela acaba se apaixonado perdidamente pelo seu professor de matemática, o Miguel.
Os dois vivem uma intensa relação, professor e aluna com muito sexo e tesão.
Mas ela ver o seu mundo mu...
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(...)
A minha rotina era sempre a mesma. Levantava cedo, ia para o hotel, às vezes chegava cedo outras vezes tarde da noite. O primeiro mês foi uma adaptação, precisava conhecer os outros funcionários, me aperfeiçoar no atendimento e me tornar uma recepcionista melhor que a anterior.
Eu precisava daquela vaga, não só por mim como também pelo bebê que eu esperava. Apesar de todas as pesquisas que fiz sobre a gravidez, e os possíveis mal estar que eu sentiria durante a gestação, a minha gravidez estava tranquila, eu sentia um mal estar aqui outro acolá, nada que pudesse fazer alguém do hotel desconfiar.
Outra vantagem era o meu corpo, por eu ser magrinha, não tava de notar o volume minúsculo que estava surgindo na minha barriga.
Os dias se tornaram semanas. Semanas viraram meses, quando me dei conta já estava com quase três meses de gestação e quase noventa dias no hotel. Eu e a Stefany de vez em quando fodiamos, nada muito empolgante porque o bebê já estava dando de sentir, e também já se mexia.
(...)
Mas um dia se iniciou normal, faltava poucos dias para completar noventa dias que estava trabalhando no hotel, até que um dia fui chamada.
— DESIRÉE, venha comigo — falou a moça do RH.
Ela era mal encarada, mas era gente boa. Não era de falar muito, apenas fazia a sua obrigação como todos no hotel, como Davi ainda não havia chegado de viagem ela estava responsável por demitir ou contratar definitivamente um temporário.
João me olhou sério, levantando as sobrancelhas como se quisesse dizer " tá ferrada". Agora era a hora de saber se eu ficava no emprego ou não.
Me aproximei da porta, senti um frio na barriga, e deu vontade de fazer xixi na hora, aquele era o sinal que eu estava nervosa. Dei uma batidinha na porta, ela mandou eu entrar, em seguida apontou agora a cadeira que eu deveria sentar.
— O senhor Davi me ligou dos Estados Unidos e me orientou, que já estava no tempo se assinar sua carteira — ela fala pegando a minha carteira e me entregando.
Abri aquele pequeno caderno e vi a assinatura do Davi Miguel. Meus olhos marejaram de felicidade, porque agora eu sabia que se alguém soubesse da minha gravidez ele não poderiam me demitir, enfim estava amparada.
Sai da sala e assim que fechei a porta fui pro banheiro, os hormônios estavam a mil. Entrei no banheiro, fechei a porta, abaixei a tampa do vaso e me sentei, coloquei a carteira próximo ao coração e me abracei com ela ali, chorei feito criança.
Lavei o rosto e voltei pro meu posto.
— E aí amiga? O que deu lá ? — me pergunta João.
Peguei a carteira e disse:
— Fui contratada — não consegui segurar a emoção.
Ele me abraçou forte e conclui:
— Você merece mulher, se empenhou e deu o seu melhor eu vi isso, não só eu como todos nós. Agora tá aí o resultado do seu esforço — ele me abraça novamente — agora enxuga essas lágrimas de vadia safada e vamos trabalhar.
Sorrimos. A minha vontade era ir correndo para casa e contar para Stefany que eu tinha conseguido o emprego. Respirei fundo, segurei as emoções, contive os hormônios que gritavam e me mantive firme até o fim do expediente.
Desci do ônibus com um sorriso de canto a canto a porta estava um pouco aberta , ouvi gemidos ardentes da stefy, entrei e me deparei com ela no sofá da sala.
