65. Vértices do Tempo

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Os guardiões elementais com seu imenso poder anularam completamente a eficácia de Clérion, fantoche das bruxas que foi revivido para aumentar o poder militar do exército das trevas, reduzindo-a a poucos órgãos que ainda funcionavam por motivos misteriosos. As vis feiticeiras, por sua vez, irritaram-se ao perceber que os guardiões não deveriam estar ali, e puseram-se a pensar como se deu tal presença.

_ Esse problema ja deveria ter sido resolvido! - Grita Darkina.

_ Faranegra, o que tem a dizer sobre isso? - Pergunta Avarossa.

_ Estou tão surpresa quanto vocês, isso não estava nos nossos planos. - Responde a ninfa das sombras.

_ Os guardiões elementais são manifestações corpóreas da vontade de Elias, são uma espécie de conjuração invocativa, assim como os entes. - Diz Darkina.

_ Mas, para qualquer conjuração ser feita uma coisa é necessária para sustentá-la, além de seu conjurador, e isso é a energia vital. Se os guardiões elementais existem neste plano, a energia vital de Elias também existe para mantê-los! - Diz Avarossa.

_ O que mantém os guardiões elementais vivos é a vontade de Elias, que ressoa pelos séculos através do prisma ecoante. Enquanto o Prisma existir, os guardiões também existirão. Devíamos ter destruído a relíquia ancestral quando tivemos a chance! - Diz Faranegra.

_ Isso não está aberto a negociação, Faranegra! Lembre-se que após a primeira tentativa de matar o fedelho da Clérion ter falhado nós fomos seladas no pentágono enevoado e boa parte do nosso poder se perdeu para sempre. Desde então , nós buscamos meios alternativos para acessar novamente este poder, que possibilita a invocação dos entes. O prisma ecoante também é o que mantém o meu ente das trevas, ou seja, ele ecoa minha vontade desde que pus as mãos nele. - Diz Avarossa.

_ Nem todas tivemos uma irmã totalmente compatível de quem pudéssemos sugar a força, como você fez, Faranegra. - Diz Darkina.

_ Você não pode dizer muito, graças a mim você está também restabelecida, pela seiva da flor que eu lhe trouxe, Darkina! - Diz Faranegra.

_ Seja como for, novamente o seu trabalho foi incompleto Faranegra, e por essa razão agora estamos tendo problemas! - Diz Avarossa.

_ A que se refere? - Pergunta a Ninfa das Sombras.

_ Esqueceu-se do que disse a pouco? A energia vital de Elias ainda existe! A energia vital de Elias, assim como dos outros irmãos ancestrais, com exceção da maldita estrela Dalva, existe única e exclusivamente na Têmpora das Estações. Se os guardiões ainda vivem, então a energia vital dos irmãos também vive, bem como a Têmpora que a produz. - Diz Avarossa.

_ O prisma ecoante não armazena energia vital, ele apenas ecoa uma vontade, seja ela conjurativa ou não. Mas para manter uma conjuração funcionando, ela precisa retirar energia vital de algum lugar, já que o prisma não possui esse abastecimento, e esse lugar é o conjurador. - Diz Darkina.

_ Eu entendo agora onde querem chegar. De alguma forma, o irmão ancestral Estácio criou um espécime capaz de reproduzir a própria energia vital e de seus irmãos, a Têmpora das Estações. - Diz Faranegra.

_ Por sua vez, Elias criou algo capaz de aplicar a energia vital já existente, sem a necessidade de uma reconjuração, algo como uma conjuração contínua. E este é o Prisma ecoante. - Completa Darkina.

_ Já Animus, este deixou uma relíquia sem jamais ter a intenção de criá-la. Seus próprios ossos, que estranhamente armazenam energia espiritual, ou melhor, energia vital. - Diz Avarossa.

_ Criação, Aplicação e Armazenamento. As relíquias se complementam. Sobretudo as duas primeiras, se tratando dos guardiões elementais. Se eles estão aqui, significa que algo deu errado quando Faranegra destruiu aquela relíquia imunda no continente de Lúnia. - Diz Darkina.

CelestianWhere stories live. Discover now