71. Determinação

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A batalha de Clérion contra sua irmã e o comandante da CEL's revelou detalhes sobre o poder da soberana que a colocavam em cheque perante análises de Relva, mas mesmo assim, a rainha recém ressuscitada estava confiante de que venceria aquele confronto, pois sabia o limite daqueles com quem batalhava.

_ Vocês me descobriram, mas isso não mudará nada! A derrota de vocês é certa! Lúminos Expândeos! - Grita Clérion.

Apontando para o chão, Clérion chamou a atenção de Relva e Shiffom, que olharam para o mesmo e ficaram surpresos quando uma luz começou a se espalhar por todo o terreno ao redor da rainha, cerca de quinze metros. Era, na verdade, uma grande armadilha, ao olhar para o chão, o comandante da CEL's e a irmã da rainha foram desnorteados pela luz ofuscante, que prejudicou consideravelmente sua visão.

_ Shiffom, se ela me atingir, eu irei prendê-la a mim, use isso para matá-la com o veneno que lhe dei! - Diz Relva.

_ Certo! - Diz Shiffom.

_ Obrigado por me contar o plano, maninha, mas infelizmente não haverá tempo para isso! Você fugiu da minha lâmina uma vez, não acontecerá novamente! - Diz Clérion.

Em meio àquele campo ofuscante, a rainha pôde se aproximar rapidamente, já apontando a ponta de sua lâmina para o peito de sua irmã, local onde sabia que a mataria instantaneamente. Porém, quando estava prestes a concretizar tal feito, sentiu uma pontada na própria mão e se viu obrigada a largar o florete, que foi ao chão.

_ Mas o que, como? Quando isso aconteceu? - Pergunta Clérion.

No exato momento em que o florete caiu no chão, ele absorveu toda a luz, se tornando incandescente, de tal modo que era impossível segurá-lo pois estava com temperatura muito elevada. Ao olhar para a mão de Clérion, Relva e Shiffom puderam ver que havia sido cortada, de alguma maneira ainda desconhecida.

_ Ela se cortou com a própria lâmina? Eu não acredito! - Questiona Shiffom.

_ Isso não é possível! - Diz Relva.

_ Garoto desgraçado, maldita seja a hora em que você nasceu! Não teria tido você se eu soubesse que apenas me atrapalharia em meus planos! - Diz Clérion.

_ Afrody? Mas como... - Diz Relva.

Olhando para trás, a tia do rei pôde contemplar seu sobrinho, ainda caído no chão, preso pelo selamento pentagonal de cinco pontas feito por ela mesma, para protegê-lo, mas com uma pequena lâmina atravessada em uma das mãos, paralelamente à mesma mão no corpo de Clérion. Ele havia percebido que sua tia iria morrer pelas mãos de sua mãe, e lembrou-se da conexão física que tinha com a rainha recém ressuscitada.

Poucos instantes depois, Afrody retirou a faca da ferida com a outra mão deixando no lugar uma chaga aberta que assim como na mão de Clérion, jorrava sangue em mesma proporção e quantidade. Os efeitos regenerativos no corpo da soberana, porém, não permitiram que a ferida continuasse aberta daquele jeito, as células se reproduziram e logo fecharam o ferimento em sua mão, a ligação nínfica fez o restante, garantindo a mesma ação na mão do atual rei de Celestian.

_ Você se aproveitou da ligação para atrapalhar o nosso combate. Muito inteligente, devo admitir. Você é mesmo filho da sua mãe. - Diz Clérion.

_ Sim, eu sou. Mas você não é ela, então pare de agir como se fosse. - Diz Afrody ofegante.

_ Afrody... - Sussurra Relva.

_ Majestade... - Diz Shiffom.

_ Shiffom, me liberte. - Diz Afrody.

_ Mas majestade, sua tia... - Dizia o comandante até ser interrompido.

_ É uma ordem, Shiffom! É uma ordem direta minha! Liberte seu rei! - Responde o Rei.

CelestianWhere stories live. Discover now